ESCOLAS DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE ANCHIETA- SC: FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

Autores

  • Cleonice Simon UNOESC/SMO
  • Paulo Ricardo Bavaresco

Resumo

Introdução: Pensada como uma população ingênua e atrasada, a população camponesa vem sendo representada em segundo plano nas políticas públicas brasileiras, com ênfase no setor da educação. Desde o início da vida escolar, a criança recebe uma educação baseada numa metodologia voltada aos “paradigmas urbanos”, levando-as a acreditar que o campo é inferior e que é preciso sair dele para receber um ensino de qualidade. Da mesma forma, o baixo incentivo à permanência do docente no campo também representa uma barreira ao ensino, isso envolve: a falta de infraestrutura e de incentivo à especialização de docentes; falta de apoio às iniciativas de renovação pedagógica e currículo e calendário escolar contrários à realidade do campo. Objetivo: Compreender o nível de formação dos docentes do campo e quais suas disponibilidades para a qualificação profissional a fim de atenderem as reais necessidades da população camponesa. Método: Trata-se de um estudo de cunho quantitativo e qualitativo, pensado com base em dois questionários eletrônicos que, em virtude da pandemia do Covid-19 e do isolamento social, foram aplicados por meio do e-mail de estudantes e docentes de duas escolas do interior do município de Anchieta/SC. Participaram da pesquisa dez docentes e quarenta e nove estudantes. Dentre os docentes, sete eram atuantes da rede estadual e apresentavam idades entre 18 a 55 anos. Os outros, eram atuantes da rede municipal com idades entre 31 a 55 anos. Em relação aos alunos da escola “A”, (63.3%) eram do sexo feminino e (36,7%) do sexo masculino, dos quais seis estudantes pertenciam à rede estadual e quatro, da municipal. Quanto à escola “B”, participaram dezenove estudantes, dos quais (47,4%) eram do sexo masculino e (52,6%), do sexo feminino. Todos pertenciam à rede municipal, com idades entre 6 a 12 anos. A coleta de dados ocorreu entre os meses de fevereiro a maio e a análise foi realizada por meio da metodologia Bardin. Todas as precauções e requisitos referentes aos aspectos éticos de acordo com a Resolução 466/2012 foram observados. Resultados: Os resultados comprovaram uma baixa qualificação profissional de docentes para lidarem com a realidade do campo, além de uma preocupação dos estudantes em receber uma educação que valorize suas origens. Os participantes demonstraram a necessidade de haver incentivos à Formação Continuada dos professores como estratégia de mudança do cenário. Conclusão: A formação continuada permite que os profissionais estejam sempre bem informados e atualizados sobre novas tendências educacionais, proporcionando aprofundamento teórico-metodológicos sobre a educação do campo e tornando possível a construção de uma pedagogia eficiente para a identidade do sujeito residente no campo.

Palavras-chave: Educação do Campo; Docentes; Formação Continuada.

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Biografia do Autor

Paulo Ricardo Bavaresco

Docente e pesquisador pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. 

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Simon, C., & Bavaresco, P. R. (2022). ESCOLAS DO CAMPO DO MUNICÍPIO DE ANCHIETA- SC: FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e32038. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/32038

Edição

Seção

São Miguel do Oeste - Pesquisa

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