ESTUDO RETROSPECTIVO QUANTITATIVO DAS ESPÉCIES MAMÍFERAS DOMÉSTICAS NECROPSIADAS ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2021 NO LABORATÓRIO DE PATOLOGIA VETERINÁRIA DA CLÍNICA VETERINÁRIA ESCOLA DA UNOESC DE SÃO MIGUEL DO OESTE
Resumo
Introdução: A necropsia é considerada o exame padrão-ouro em diagnostico post-mortem, sendo importante para confirmar, negar, esclarecer, modificar ou estabelecer um diagnóstico e minimizar os diagnósticos equivocados e imprecisos. Os serviços de necropsia veterinária, além de serem uma importante ferramenta de estudo continuado, fornecem informações complementares para a epidemiologia, medindo a situação de saúde animal de uma comunidade, e para a orientação de veterinários e proprietários. Objetivo: A finalidade do presente trabalho foi realizar um estudo retrospectivo quantitativo das espécies mamíferas domésticas necropsiadas entre os anos de 2017 e 2021 no Laboratório de Patologia Veterinária da Clínica Veterinária Escola da UNOESC de São Miguel do Oeste. Método: Foi realizado um levantamento retrospectivo quantitativo baseado na casuística de necropsia de mamíferos domésticos realizadas no Laboratório de Patologia Veterinária da Clínica Veterinária Escola da UNOESC/SMO abrangendo o período de 2017 a 2021. Para esse levantamento foram consideradas apenas as necropsias realizadas em caninos, felinos, bovinos, suínos e ovinos. Resultados: Durante o período estabelecido foram realizadas 198 necropsias das espécies consideradas para compor o levantamento. Com relação a evolução anual, em 2017 foram realizadas 36 (18,2%) necropsias, 48 (24,2%) em 2018, 41 (20,7%) em 2019, 21 (10,6%) em 2020 e 52 (26,3%) em 2021. Do total de necropsias realizadas no período, 132 (66,7%) foram de caninos, 33 (16,7%) de felinos, 22 (11,1%) de bovinos, 7 (3,5%) de suínos e 5 (3,5%) de ovinos. Em 2017 foram necropsiados 29 (80,5%) caninos, 4 (11,1%) felinos, 2 (5,5%) bovinos e 1 (2,8%) suíno; em 2018, 36 (75%) caninos, 5 (10,4%) felinos, 4 (8,3%) bovinos, 1 (2,1%) suíno e 2 (4,2%) ovinos; em 2019, 29 (70,7%) caninos, 1 (2,4%) felino, 10 (24,4%) bovinos e 1 (2,4%) ovino; em 2020, 9 (42,8%) caninos, 8 (38,1%) felinos e 4 (19,1%) bovinos; em 2021, 28 (53,8%) caninos, 15 (28,8%) felinos, 2 (3,8%) bovinos, 5 (9,6%) suínos e 2 (3,8%) ovinos. Com relação ao sexo dos animais, dos caninos, 57 (43,9%) eram machos e 74 (56,1%) fêmeas; dos felinos, 11 (33,3%) machos e 22 (66,7%) fêmeas; dos bovinos, 5 (22,7%) machos e 17 (77,3%) fêmeas; dos suínos, 6 (85,7%) machos e 1 (14,3%) fêmea; dos ovinos, 2 (40%) machos e 3 (60%) de fêmeas. Conclusão: Podemos verificar que, excluindo-se o ano de 2020 auge da pandemia de Covid-19, houve uma evolução gradual na quantidade de necropsias de espécies domésticas realizadas pelo laboratório. A espécie mais necropsiada em todos os anos foi a canina.