ANÁLISE DINAMOMÉTRICA DA ALTERAÇÃO NA FORÇA MÁXIMA APÓS EXERCÍCIOS ATÉ A FADIGA DOS MÚSCULOS FLEXORES DO CARPO
Resumo
Introdução: Os estudos das forças e fadigas do membro superior merecem destaque na literatura científica, com o aumento da incidência de lesões e diferentes patologias relacionadas à sobrecarga musculoesquelética. Isso pode refletir condições de diminuição do desempenho e/ou o ponto de falha em que o músculo não é mais capaz de suportar as forças requeridas ou o a produção de trabalho. Uma condição importante que está associada às produções de forças é da fadiga neuromuscular. São poucos os trabalhos que buscam definir os padrões de normalidade da população brasileira para compreender a força e fadiga da preensão palmar. Objetivo: Avaliar a variação de força máxima com exercícios de alta intensidade dos músculos, flexor radial do carpo, flexor ulnar do carpo e palmar longo, até a fadiga para, assim, propor uma regressão da fadiga destas musculaturas. Método: A pesquisa classifica-se como experimental e quantitativa. Contou com 10 voluntários, acadêmicos do curso de Educação Física, saudáveis e ativos fisicamente com uma média de idade de 22,89 ± 2,26 anos, estatura de1,71 ± 0,09 metros e massa corporal de 80,16 ± 17,75 Kg. O protocolo contava com a realização de um aquecimento com cargas baixas e estipuladas pela massa corporal do indivíduo (10%). Na sequência eram realizadas quatro séries de repetições até a falha, nas quais se realizavam os movimentos com os punhos em pronação, ao lado do tronco, realizando uma flexão do carpo invertida. A carga era estipulada em 40% da massa corporal para homens e 30% para mulheres. Entre as séries foi mensurada a força da pressão palmar com o auxílio do dinamômetro de pressões palmares. O intervalo de descanso entre séries era de um minuto. Resultados: Antes das execuções os indivíduos tiveram média de força de 45,5 ± 15,5 kg medida no dinamômetro. Nos intervalos da primeira, segunda, terceira e quarta série os resultados médios de força foram: 41,3 ± 11,9; 37,2 ± 10,5; 34,8 ± 10,3; 34,1 ± 9,8, respectivamente. Conclusão: O maior déficit de força foi encontrado entre a primeira e segunda repetições, apresentando maior fadiga. Nas últimas repetições foi possível identificar uma estabilidade de perda de força. Foi possível desenvolver a regressão com R2 = 0,94 que quantifica a variável de fadiga dos grupamentos musculares envolvidos no exercício. Sugere-se que estudos futuros sejam realizados para quantificar a fadiga nos diferentes tipos de exercícios.