O USO DE ERVAS MEDICINAIS NO OESTE DE SANTA CATARINA: OS SABERES DA MELHOR IDADE

Autores

  • Luely MACIEL UNOESC-Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Rafaela FARIAS UNOESC-Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Elisangela Bini Dorigon UNOESC

Resumo

Introdução: As plantas medicinais são utilizadas como fim terapêutico pela população de acordo com crenças e costumes antigos, muitas vezes sem conhecimento científico o que pode gerar problemas graves à saúde. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que 85% da população de países desenvolvidos utilizam plantas medicinais para tratar enfermidades, diante disso reiteram a importância do conhecimento populacional sobre o uso correto e racional dessas ervas. Objetivo: Verificar a contribuição dos idosos no conhecimento popular do uso das plantas medicinais, analisando o saber que a geração experiente possui, a fim de localizar as espécies citadas e adicionar no horto da Unoesc. Método: Foi aplicado um questionário de autoria das próprias autoras, aos idosos da comunidade rural do oeste de Santa Catarina. Como critério de inclusão, selecionou idosos a partir de 55 anos de idade, que concordassem em participar da pesquisa e assinassem o termo de consentimento, deviam possuir autonomia de resposta, respondendo de forma completa, que consumissem plantas medicinais e residissem no meio rural. Foi excluído da pesquisa, quem não seguisse os critérios de inclusão. O questionário foi aprovado pelo comitê de ética, através do protocolo 45068921.1.0000.5367. Resultados: Os entrevistados foram predominantemente femininos (70%) e de etnia alemã (30%) e italiana (55%), além de portugueses e poloneses. Verificou-se que 100% dos entrevistados fazem uso de plantas medicinais para tratar enfermidades, sendo as ervas mais citadas: Salvia rosmarinus (10,5%), Achyrocline satureioides (8%) Salvia officinalis (8%) Mentha spicata (7%), Matricaria chamomilla (4,7%) e Cymbopogon citratus (4,7%). Desses 95% preparam a planta por infusão, utilizando-a fresca, o restante a macera e usa seca. Cerca de 40% guardam em garrafas na geladeira o preparado para consumir em outro dia, os demais consomem na hora, sendo que 99% cultiva essas plantas em casa e relatam terem aprendido sobre as plantas com os pais, principalmente com a mãe (65%). Sobre os relatos de consumo das ervas com os médicos, 50% disseram não relatar, os mesmos revelaram não ter conhecimento sobre os efeitos colaterais, toxicidade e a dose certa de consumo dessas plantas. As doenças mais citadas foram colesterol (24%), hipertensão (12%), diabetes (10%) e osteoporose (10%), entre outras como: depressão, hipertireoidismo, asma e doenças cardiovasculares. Conclusão: O consumo de plantas medicinais está muito presente na comunidade rural, devido a culturas e crenças atribuídas a eles. Vale ressaltar a importância do conhecimento científico sobre elas para se obter resultados sem riscos à saúde.

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Biografia do Autor

Elisangela Bini Dorigon, UNOESC

Biológa, especialista em fitossanidade, e em botânica; Mestre em Ciências da Saúde Humana.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

MACIEL, L., FARIAS, R., & Dorigon, E. B. (2022). O USO DE ERVAS MEDICINAIS NO OESTE DE SANTA CATARINA: OS SABERES DA MELHOR IDADE. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31656. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31656

Edição

Seção

Xanxerê - Pesquisa

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