ESTUDO DE CASO MUTISMO SELETIVO INFANTIL – ATENDIMENTO CLÍNICO
Resumo
Introdução: Dentro dos Transtornos de Ansiedade, os quais caracterizam-se pelo medo e ansiedades excessivos e perturbações comportamentais relacionados, existe um transtorno considerado relativamente raro, chamado de Mutistmo Seletivo (MS), que tem por característica principal o fracasso recorrente em expressar a fala em situações sociais específicas nas quais existe a expectativa para tal, ou seja, o indivíduo tem conhecimento da língua, sabe usá-la, faz uso dela geralmente entre familiares de primeiro grau, no entanto, não consegue expressar a fala com pessoas menos próximas, no ambiente esscolar, no trabalho, etc., e essa dificuldade causa prejuízo educacional ou profissional ou na comunicação social. Objetivo: Apresentar o estudo de caso sobre Mutismo Seletivo com intervenção terapêutica na abordagem comportamental-cognitiva, cujos resultados vem mostrando-se positivos, contribuindo para o aumento gradual da expressão da fala da paciente. Método: O atendimento prestado ocorre com uma criança de 8 anos, do sexo feminino, conduzido por uma estagiária do 5 ano do Curso de Psicologia. Até o momento, foram realizadas 19 sessões, pode ser divididas em três etapas: Histórico Desenvolvimental do quadro apresentado pela criança, Avaliação Inicial e Estabelecimento de Vínculo e Intervenção Terapêutica e Evolução do Tratamento. Resultados: Durante as 19 sessões, foram realizadas um conjunto de intervenções terapêuticas, a saber: práticas de ludoterapia envolvendo massa de modelar, jogos, construção de palavras, casa terapêutica, famílai terapêutica, bichos de pelúcia e demais objetos que permitam o desenvolvimento do repertório da paciente, realizando treinamento de processos de contracondicionamento, ensaio comportamental e esvanescimento. Adicionalmente, a biblioterapia foi utilizada como técnica suplementar, visando trabalhar conteúdos de natureza emocional, juntamente com técnicas de relaxamento e psicoeducação. Com base nelas, a criança tem desenvolvido seu repertório de comunicação falando de forma voluntária durante as consultas psicológicas e fonoaudiológicas, assim como ampliando sua comunicação em sala de aula. Conclusão: O processo psicoterapêutico segue em andamento, e até o momento permitiu compreender mais sobre o transtorno e sobre o atendimento clínico terapêutico, realizar um acompanhamento aliado a família, desenvolver estratégias personalizadas para a criança em questão e acompanhar o progresso da emissão da fala em situações novas.