CARACTERIZAÇÃO DOS SOLOS DA REGIÃO DOS DERRAMES BASÁLTICOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA, COM BASE NA METODOLOGIA MCT (MINIATURA, COMPACTADO, TROPICAL)

Resumo

Introdução: O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) publicou, em 2021, a Instrução de Serviço IS-247, que visa a implementação do novo método brasileiro para dimensionamento de pavimentos flexíveis – Método de Dimensionamento Nacional (MeDiNa). Essa diretriz recomenda o emprego da classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) para a caracterização dos solos, tanto na fase preliminar de projeto de pavimentação, quanto nas fases de projeto básico e executivo, sempre que for identificado que os solos finos podem ser classificados de forma adequada por esse sistema. Com isso, entende-se a iminente necessidade de disseminação da metodologia MCT, popularizando seus resultados no âmbito acadêmico e sobretudo no âmbito profissional. Objetivo: Diante do exposto, esta pesquisa (que ainda encontra-se em andamento), tem como objetivo caracterizar os solos da região dos derrames basálticos do estado de Santa Catarina (a qual abrange aproximadamente 50% da área do estado), com base na metodologia MCT, contribuindo para futuras aplicações na área da engenharia rodoviária. Método: Para atingir o objetivo, foram previamente definidas as unidades geotécnicas correspondentes, a partir da aplicação da metodologia proposta por Davison Dias (1995), com o auxílio do software QGIS e tendo como base os mapas pedológico e litológico disponibilizados, respectivamente, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Feito isso, procedeu-se com a coleta das três primeiras amostras de solos, as quais se encontram, no momento, em processo de preparo, visando a posterior realização de ensaios em laboratório. Essas e outras amostras, coletadas na sequência, serão classificadas, segundo a metodologia MCT, a partir de ensaios de compactação mini-MCV e de perda de massa por imersão. Resultados: O mapeamento geotécnico preliminar indicou a existência de 21 unidades geotécnicas na região de estudo, sendo que as mais abrangentes, em termos de área, são as unidades “cambissolo – substrato basalto, andesito” e “cambissolo – substrato basalto, latito”, onde foram coletadas as primeiras amostras. Na sequência, pretende-se dar continuidade à coleta e ao preparo das amostras, realizando-se, a partir disso, os ensaios de laboratório indicados, a classificação dos solos da região de estudo e o estabelecimento dos respectivos mapas temáticos. Conclusão: Espera-se que, ao fim da pesquisa, os resultados obtidos possam contribuir para a previsão de comportamento dos subleitos da região, buscando apoiar os projetistas e servindo de referência e direcionamento para estudos mais aprofundados nessa área.