PRÁTICA, COMPORTAMENTO E MOTIVAÇÃO PARA A ATIVIDADE FÍSICA EM UNIVERSITÁRIOS, DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

Autores

  • Daniela Rigel Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Gracielle Fin UNOESC

Resumo

Introdução: Considerando que os comportamentos relacionados à saúde são complexos e multifatoriais, existem muitas teorias e modelos que buscam compreender melhor os diversos fatores que os influenciam. Mesmo com muitos estudos que indicam que exercícios físicos realizados de maneira regular exercem benéficas para a saúde, existe uma dificuldade na adesão e permanência de parte de população na rotina de prática destas atividades, e este período de isolamento e restrições apresenta particularidades neste sentido, pois há uma mistura de motivos e comportamentos modificados que, sem dúvida, afetaram as condições físicas e pessoais, em termos de prevalência, tipo de atividade e expectativas para realizar o exercício. Objetivo: Avaliar a relação entre a motivação e o comportamento para a prática de atividade física em universitários, durante a pandemia de COVID-19. Método: Os participantes foram universitários matriculados nos cursos das Áreas das Ciências Agrárias, Ciências da Educação, Ciências Exatas e Tecnológicas, e Ciência Jurídica, da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Foi elaborado um instrumento contendo escalas que avaliam as necessidades psicológicas básicas (autonomia, competência e relacionamento), a motivação autodeterminada, o nível de atividade física e os estágios de mudança de comportamento, além de questões sobre a doença do coronavírus. O tempo necessário para completar a pesquisa foi de aproximadamente 15 minutos, com a utilização de um formulário online. Resultados: Participaram deste estudo 87 estudantes universitários, com média de idade de 25 anos, sendo 25 homens e 62 mulheres. Foi observada diminuição quando comparados os valores em pontos percentuais na prática de atividade física antes da pandemia e atualmente. Mesmo assim, a maior parte dos universitários são, no momento, Ativos (n=26), Muito Ativos (n=21) ou Insuficientemente Ativos A (n=24). Quanto ao perfil motivacional, os participantes apresentam altos valores para as necessidades psicológicas, assim como altos valores de motivação intrínseca e motivação extrínseca por regulação identificada. Estas motivações apresentam características importantes pois quanto mais intrinsecamente motivados, melhor a satisfação para a prática e maior a adesão e permanência. Ao realizar a correlação das variáveis, observou-se correlação entre o nível de atividade física a motivação
24 a 28/10/2022 | ISSN 2237-6593
https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe
intrínseca (r=0,323), a motivação extrínseca integrada (r=374) a motivação extrínseca identificada (r=0=317) e o índice de autodeterminação (r=0,354). Considerando o Modelo Transteórico de Estágio de Mudança de Comportamento, observou-se que grande parte dos participantes estão no estágio de Manutenção, que indica que a pessoa pratica atividade física regularmente (há pelo menos seis meses). Houve associação (p=0,004) entre os estágios de mudança de comportamento e o nível de atividade física. Conclusão: Apesar da diminuição na prática de atividade física durante a pandemia, os universitários participantes deste estudo, encontram-se entre as classificações de Muito Ativo, Ativo e Insuficientemente Ativo A, em sua maioria. Considerar os perfis motivacionais e os estágios de mudança de comportamento pode favorecer o entendimento dos comportamentos para a prática de atividade física em diferentes contextos. Os resultados deste estudo podem contribuir no desenvolvimento de evidências empíricas direcionadas a fim de fortalecer as políticas de saúde pública e as orientações sobre a adesão e manutenção de hábitos relacionados à saúde.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Rigel, D., & Fin, G. (2022). PRÁTICA, COMPORTAMENTO E MOTIVAÇÃO PARA A ATIVIDADE FÍSICA EM UNIVERSITÁRIOS, DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31251. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31251

Edição

Seção

Joaçaba - Pesquisa

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