ESTUDO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEO RESIDUAL DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL VIA TRANSESTEREFICAÇÃO

Autores

  • Muriel Speggiorin Levandoski Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC campus videira
  • Arthur Alfredo Seidel
  • Bruno Aguiar Veiga Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC- Videira
  • Fabiana Andreia Schäfer De Martini Soares Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC- Videira
  • Rodrigo Geremias Universidade do Oeste de Santa Catarina UNOESC- Videira

Resumo

Introdução: Os biocombustíveis são alternativas mais sustentáveis que os
combustíveis fósseis, tendo em vista sua menor emissão de gases poluentes. Nesse
contexto, a principal rota de produção de biodiesel é a transesterificação química
em meio alcalino. A utilização de sebo bovino oriundo do descarte de frigoríficos e
de óleo residual promove uma diminuição dos custos de produção e viabiliza o
processo de formação de um combustível ecologicamente correto. Objetivo:
Sintetizar biodiesel através da transesterificação básica, utilizando como matéria
prima sebo bovino e óleo vegetal, visando avaliar suas características físico químicas
e desempenho produtivo. Método: As matérias prima foram sebo bovino fresco,
liquefeito, proveniente de açougue localizado no município de Videira-SC e óleo de
soja utilizado em fritura. O experimento consistiu em adicionar 100 mL do residual
graxo escolhido em balão de 3 bocas, aquece-lo em sistema de refluxo até a
estabilização da temperatura determinada. Neste ponto adicionou-se a base
solubilizada em álcool na amostra com agitação magnética constante. Os álcoois
usados foram o metanol e etanol, os catalisadores KOH e NaOH, as temperaturas de
aquecimento variaram entre 65 ºC a 83 ºC e os tempos de reação entre 60 e 90
minutos. A mistura formada, biodiesel-glicerina, foi separada em balão de
decantação e realizou-se 4 etapas de lavagem para purificar o combustível. O
biodiesel gerado foi submetido a secagem em estufa a 105 ºC por 12 horas para
eliminação do residual de água. Por fim, analisou-se as seguintes características do
produto: massa, volume, densidade, teste de combustão e avaliação visual.
Resultados: Obteve-se resultados de produção que variaram de 58,5 mL até 84,0 mL
de biocombustível a partir de 100 mL de matéria prima graxa. Os testes de queima
se apresentaram satisfatórios sem dificuldades para iniciar a ignição e chama
constante. Em algumas amostras de sebo bovino na primeira etapa de lavagem com
água ocorreu uma reação indesejada de emulsão, explicado pelo índice de
saponificação. Nos casos da mistura alcoólica metanol-etanol com matéria prima
óleo vegetal não ocorreu a reação de transesterificação, esse fator é atribuído a baixa quantidade de metanol. Os valores das densidades obtidos a partir de sebo
bovino ficaram entra 0,859 g/mL a 0863 g/mL, dentro dos limites esperados. Notou-se
também, que o biodiesel proveniente de sebo e mistura com sebo apresentou
coloração mais intensa e maior volume de glicerina em comparação ao produzido
somente com óleo vegetal. Conclusão: O processo de transesterificação requer
exatidão nas metodologias utilizadas pois é uma reação sútil. O controle do
aquecimento, velocidade de agitação e das massas de catalisador e álcool são
fatores fundamentais que evitam reações indesejadas, como a saponificação e
aumentam o rendimento. Os melhores resultados foram obtidos com o óleo vegetal
usado e mistura de óleo com sebo resultando em 84 mL e 82 mL de biodiesel
respectivamente. Devido a isso, o estudo demonstra que com ajustes nos
catalisadores e tempo de aquecimento existe a possibilidade de obtenção em
quantia satisfatória de um combustível renovável através de resíduo pouco
valorizado como o sebo bovino.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Speggiorin Levandoski, M., Alfredo Seidel, A., Aguiar Veiga, B., Andreia Schäfer De Martini Soares, F., & Geremias, R. (2022). ESTUDO DA PRODUÇÃO DE BIODIESEL A PARTIR DE ÓLEO RESIDUAL DE ORIGEM ANIMAL E VEGETAL VIA TRANSESTEREFICAÇÃO. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31222. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31222

Edição

Seção

Videira - Pesquisa

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