Perfil leucocitário e sua relação com enfermidades uterinas puerperais e pós puerperais na vaca de leite
Resumo
O crescimento do agronegócio leiteiro exigiu melhoramento genético para aumento da produtividade e rentabilidade ao produtor, porém, esse avanço não acompanhou a redução da incidência de enfermidades. Nesse contexto, é necessário monitorar alterações surgidas principalmente no período de transição, pois é uma fase crítica para saúde dos rebanhos. A deficiência imunológica suscetibiliza o animal às doenças, dessa forma, a pesquisa objetivou a avaliação hematológica laboratorial de fêmeas (n=44) próximas (dia -20) e após (dia +20) o parto e a possibilidade de identificar sinais de enfermidades ao seu início, auxiliando o profissional na escolha de decisões. As análises estatísticas demonstraram diferença no número de leucócitos totais, sendo que estes diminuíram no pós-parto, quando comparados ao pré-parto. Não houve diferença significativa para neutrófilos nos dois momentos. Fêmeas que manifestaram níveis de fibrinogênio e proteínas plasmáticas totais elevados, apresentaram quadro de retenção dos anexos fetais. Esses resultados corroboram com o demonstrado na literatura para leucocitose pré-parto e inflamação indicada pelo aumento de fibrinogênio, diferindo quanto ao comportamento dos neutrófilos. Os exames laboratoriais são complementares ao exame físico, permitindo auxiliar o diagnóstico e identificar alterações antes mesmo do aparecimento dos sinais clínicos nos animais, sendo necessários para prevenção dos transtornos metabólicos e infecciosos.
Palavras chave: Bovinos. Período de transição. Imunidade. Enfermidades.