Distribuição territorial dos casos de Febre Chikungunya no Maranhão e sua relação com desenvolvimento socioeconômico
DOI:
https://doi.org/10.18593/evid.34471Palavras-chave:
Vírus Chikungunya, Fatores socioeconômicos, Saúde públicaResumo
Este estudo epidemiológico analisou a distribuição de casos de febre Chikungunya no estado do Maranhão, no período de 2019 a 2023, e avaliou a relação do número de casos com fatores socioeconômicos e demográficos a partir da correlação com o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Os casos prováveis de CHIKF foram coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e transformados em mapas por meio do software Quantum GIS (QGIS). O IDHM foi obtido por meio do Atlas de Desenvolvimento Humano e a correlação foi realizada através do teste de correlação de Spearman, utilizando o software Jamovi, versão 2.3.28. Identificou-se um aumento progressivo nos casos de CHIKF no estado, com ênfase nos anos de 2022 e 2023. A distribuição dos casos mostrou um padrão espacial consistente, com áreas no norte, sul e leste do estado sendo mais afetadas, especialmente na Ilha de São Luís. A correlação entre o número de casos de CHIKF e o IDHM mostrou uma associação estatisticamente significativa (ρ = 0,383; p < 0,001). Os resultados demonstram um aumento progressivo e relevante do número de casos de CHIKF no estado, sugerindo-se a influência do IDHM nessa ocorrência. Assim sendo, são necessárias estratégias eficazes de saúde pública visando a redução da incidência da doença e melhoria na qualidade de vida da população afetada.
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