Perfil de susceptibilidade a antimicrobianos de cepas de Aspergillus sp. isolados de solo impactado
DOI:
https://doi.org/10.18593/evid.34486Palavras-chave:
Aspergilose, Agentes antifúngicos, Sensibilidade microbianaResumo
A composição do solo do lixão abriga uma diversidade de microrganismos que podem tornar-se patogênicos para os seres humanos, como os do gênero Aspergillus sp. Esse gênero de fungos é caracterizado pela capacidade de alteração genética para o aumento da sua resistência. Portanto o objetivos desse trabalho foi avaliar o perfil de resistência de fungos do gênero Aspergillus sp. isolados do solo impactado de lixão da cidade de Apicum-Açu, estado do Maranhão, Brasil. Para tal foram utilizadas cepas de Aspergillus sp. (ASP 2, ASP3 e ASP 4), isoladas de solo impactado, sendo empregada a técnica de microcultivo, para confirmação do gênero. A susceptibilidade desses microrganismos a agentes antifúngicos foi avaliada utilizando a técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM) por microdiluição seriada (1:2), na qual trabalhou-se os antifúngicos Anfotericina B (16 a 0,0312 mg/L), Voriconazol (16 a 0,0312 mg/L) e Itraconazol (8 a 0,0156 mg/L). O isolado ASP2 apresentou resistência ao Voriconazol (>2 mg/L) e resultado indefinido para os antifúngicos Itraconazol e Anfotericina B. O ASP3 demonstrou sensibilidade para Itraconazol (0,5 mg/L) e Voriconazol (0,25 mg/L), entretanto, resultado indefinido para Anfotericina B. Por fim, o isolado ASP4 apresentou resistência a Anfotericina B (2 mg/L) e sensibilidade para Itraconazol (0,5 mg/L) e Voriconazol (1 mg/L). Dessa forma, evidencia-se o aumento da resistência de Aspergillus sp., e a ineficiência do grau de susceptibilidade desses fármacos frente as patologias, necessitando assim, de estudos mais aprofundados e de pesquisas sobre novas biomoléculas, que permitirão resultados mais eficientes contra esse gênero de fungos.
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