Perfil epidemiológico da sífilis congênita no município de São Luís, Maranhão, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18593/evid.34476Palavras-chave:
Sífilis Congênita, São Luís, Perfil EpidemiológicoResumo
A sífilis é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Treponema pallidum ao qual apresenta altas taxas de transmissão vertical, dependendo do grau de infecção materno e da fase gestacional na qual representa um importante indicador da qualidade da atenção materno-infantil. O não tratamento ou tratamento inadequado da doença pode resultar em abortamento, prematuridade, complicações agudas e outras sequelas fetais. Por isso o estudo tem como principal objetivo analisar o perfil epidemiológico referente a casos de Sífilis Congênita no município de São Luís, MA. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo quantitativo, a seleção de dados ocorreu a partir de levantamentos obtidos no Sistema de Informações de Agravo de Notificações (SINAN); disponibilizados pela plataforma DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde). Para tal foram utilizadas as variáveis sexo biológico, faixa etária, escolaridade, raça e momento de diagnóstico. Verificou-se mais de 300 casos de SC em São Luís entre 2018 e 2019, sendo o ano de 2018 com maior coeficiente de incidência. Entre as gestantes analisadas, 59,6% possuem de 20 a 24 anos, com faixa entre 40,4% de ensino médio incompleto, tendo mais casos nas pardas. Quanto ao diagnóstico, a atenção maior ocorreu no pré-natal, sendo de 70,6%. Conclui-se que a taxa de incidência obteve declínio no ano de 2018 para 2019, tendo em vista a importância da vigilância sanitária e ações sociais que incentiva a conscientização social relacionada a saúde da mulher e gestante, assim como o aumentando da procura em Unidades Básicas de Saúde intensificando os cuidados pessoais e realização de exames laboratoriais de rotina durante o pré-natal.
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