SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MÉDIA E SUA INFLUÊNCIA NA IMUNIDADE E BALANÇO ENERGÉTICO DE VACAS LEITEIRAS NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO

Autores

  • Cristina Menegat UNOESC Xanxerê
  • Ricardo Xavier da Rocha UNOESC - Xanxerê - SC

Resumo

O objetivo neste trabalho foi avaliar o efeito da suplementação de ácidos graxos de cadeia média (ácido caprílico, ácido cáprico, ácido caproico e ácido láurico) no perfil energético e imunidade pós-parto em vacas leiteiras durante o período de transição. Para isso, foram realizados dois experimentos. Por meio do experimento 1, teve-se como objetivo avaliar o efeito da suplementação de AGCM no perfil energético de vacas de leite. Sendo realizado em uma granja leiteira localizada em Ouro Verde, SC. Nele foram utilizadas 13 vacas da raça Holandesa divididas em dois grupos: Grupo Controle (GC, n=6), que recebeu somente a dieta do período de transição da propriedade, e Grupo Tratado (GT, n=7), que recebeu além da dieta da propriedade 40 g de uma mescla de ácidos graxos de cadeia média durante o período de transição, totalizando, em média, 42 dias de consumo. Foram realizadas coletas de sangue para mensuração de cetonas séricas, colesterol, ácidos graxos não esterificados (NEFA) e frutosamina. Não houve diferença estatística nos valores médios de colesterol, NEFA e cetonas séricas em nenhum momento experimental. Já para frutosamina, os valores foram superiores no grupo controle nos dias em lactação 14 e 21 quando comparado aos valores do grupo tratado nos mesmos momentos experimentais. Essa proteína glicosilada indica a glicemia de uma a três semanas anteriores ao teste. Sugere-se, a partir dos resultados obtidos, que o uso dos ácidos graxos de cadeia média pode resultar em redução da resistência insulínica melhorando o status energético da vaca no período em questão.  Com o experimento 2, utilizando os mesmos animais do experimento 1, teve-se por objetivo avaliar o uso de AGCM na saúde uterina e de glândula mamária no pós-parto de vacas leiteiras. Foram realizadas coletas de sangue para mensuração do sistema oxidante total (TOS) e fibrinogênio plasmático (até o 5º dia de lactação). A coleta de leite para análise da contagem de células somáticas (CCS) foi realizada no 20º dia de lactação. O fibrinogênio plasmático é mensurado em medicina veterinária para avaliação de processos inflamatórios. Houve um aumento dos níveis nos animais do grupo controle no 5º dia pós-parto quando comparado ao grupo tratado. Em relação a CCS, o GC obteve uma média superior quando comparado ao GT. Não houve diferença nos níveis séricos de TOS entre os grupos tratados e controle. Concluiu-se, então, que a melhora na resposta imune expressada pela redução nos níveis plasmáticos de fibrinogênio resultou em melhora na imunidade de útero e na contagem de células somáticas.

Palavras-chave: Período de Transição. Frutosamina. Imunidade. Fibrinogênio.

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Publicado

08-09-2015

Como Citar

Menegat, C., & Xavier da Rocha, R. (2015). SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA MÉDIA E SUA INFLUÊNCIA NA IMUNIDADE E BALANÇO ENERGÉTICO DE VACAS LEITEIRAS NO PERÍODO DE TRANSIÇÃO. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/8273

Edição

Seção

Xanxerê - Pesquisa