DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE GUAPURUVU [SCHIZOLOBIUM PARAHYBA (VELL.) BLAKE]

Autores

  • Danieli Ferneda Candido Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Adriana dos Santos de Oliveira Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

O guapuruvu (Schizolobium parahyba), pertencente à família Fabaceae, é uma espécie florestal nativa de rápido crescimento e com grande potencial de utilização no setor florestal, sendo a micropropagação uma alternativa eficiente para a sua multiplicação em larga escala. Com o presente trabalho, objetivou-se avaliar metodologias para a desinfestação e germinação in vitro de sementes de guapuruvu. Inicialmente, as sementes foram submetidas à superação de dormência por meio do corte do tegumento, com auxílio de tesoura de poda, na região oposta ao embrião, até a exposição do endosperma. Após, visando avaliar o efeito de diferentes concentrações de hipoclorito de sódio (NaOCl) na assepsia das sementes, estas foram submetidas, em câmara de fluxo laminar, a um pré-tratamento de desinfestação em etanol 70% por um minuto. Em seguida, foram desinfestadas em NaOCl, acrescido de uma gota de detergente comercial Tween 20, nas concentrações de 0,0, 2,0 ou 4,0% durante 10 minutos, sendo, então, submetidas a três enxágues em água estéril. Posteriormente, visando à germinação asséptica, as sementes foram inoculadas em câmara de fluxo laminar, em nutritivo MS ou ½ MS, previamente autoclavados a 120 ºC e 1 atm de pressão por 20 min e, então, permaneceram acondicionadas em sala de cultivo a uma temperatura de 25±2 ºC e fotoperíodo de 16 horas. Os meios nutritivos foram suplementados com 30 g L-1 de sacarose, 0,1 g L-1 de mio-inositol e 7 g L-1 de ágar, sendo o pH ajustado para 5,8 antes da inclusão do ágar. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em arranjo bifatorial 3x2, totalizando 6 tratamentos com 10 repetições, sendo cada repetição composta por um frasco com três sementes. A avaliação do experimento foi realizada aos 15 dias de cultivo, sendo consideradas as variáveis contaminação fúngica e bacteriana e germinação das sementes, expressas em porcentagem. Os dados foram submetidos à análise de variância e quando o valor de F foi significativo, utilizou-se para a comparação das médias o teste de Tukey ao nível de 5% de probabilidade de erro. Quando houve interação entre os níveis dos fatores testados, foram realizados os desdobramentos pertinentes. Para a germinação e a contaminação fúngica, não houve efeito significativo dos fatores avaliados, visto que se observaram 84,8% de sementes germinadas e 73,3% de contaminação fúngica. Porém, para a contaminação bacteriana, houve efeito significativo para as concentrações de NaOCl, em que a menor porcentagem de sementes contaminadas (5,0%) ocorreu no tratamento de imersão em NaOCl a 4%, que não diferiu significativamente do tratamento com 2% de NaOCl (14,9%). Ambos os meios nutritivos podem ser utilizados na germinação de sementes de guapuruvu e a imersão destas em NaOCl a 2% é eficiente na redução da contaminação bacteriana.

Palavras-chave: Assepsia. Cultura de tecidos. Meios nutritivos. Micropropagação. Sementes.

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Publicado

08-09-2015

Como Citar

Candido, D. F., & de Oliveira, A. dos S. (2015). DESINFESTAÇÃO E GERMINAÇÃO IN VITRO DE GUAPURUVU [SCHIZOLOBIUM PARAHYBA (VELL.) BLAKE]. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE). Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/8160

Edição

Seção

Xanxerê - Pesquisa

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