A DOENÇA RENAL CRÔNICA E A ESPERA POR UM TRANSPLANTE DE RIM: VIVÊNCIA FAMILIAR
Resumo
A doença renal crônica acomete grande parcela da população brasileira e essa quantidade cresce a cada dia. A necessidade do transplante é urgente, porém, os órgãos disponíveis não são suficientes para atender à demanda existente. A doença crônica pode atuar como uma força que impulsiona os familiares a se concentrarem de forma intensiva no cuidado com a pessoa doente e a relegarem aspectos biopsicossociais da vida familiar. Com este estudo, objetivou-se analisar a vivência de famílias com doentes renais crônicos durante o processo em que aguardavam o transplante de um rim. Nesta pesquisa qualitativa participante, a qual obteve aprovação do CEP da Unoesc, os sujeitos da pesquisa foram as famílias de três doentes renais crônicos que realizam hemodiálise em uma Unidade de Terapia Renal situada em uma cidade localizada na região Oeste catarinense e aguardam um transplante. Para a coleta de dados utilizou-se a entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados por meio da análise de conteúdo. As dimensões observadas foram o significado, os sentimentos e as dificuldades encontradas pela família no período de espera pelo transplante. Foram evidenciados os sentimentos de medo, desesperança, ansiedade, tristeza, esperança e incapacidade. As dificuldades apontadas pelas famílias foram a dieta alimentar, o deslocamento à Unidade de Terapia Renal, a expectativa de cura após o transplante, a espera pelo órgão, o medo da rejeição e a ameaça eminente de morte.
Palavras-chave: Doença renal. Família. Transplante.