PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM TRABALHADORES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UM ESTUDO NA REGIÃO OESTE DE SANTA CATARINA
Resumo
O estresse no trabalho, caracterizado pela Síndrome de Burnout, tem sido abordado mundialmente por levar muitas pessoas à incapacidade laboral. Ele é considerado um fator de risco para as doenças cardiovasculares. A análise das doenças cardíacas e de sua relação com os fatores desencadeantes aponta o estresse como forte preditor de doenças. Com este estudo, objetivou-se mensurar o grau da Síndrome de Burnout em trabalhadores com doenças cardiovasculares. Nesta pesquisa quantitativa, qualitativa e descritiva, que obteve aprovação do CEP da Unoesc, a coleta de dados foi realizada por meio de questionário MBI-GS, adaptado para o Brasil por Papp (2007), nos meses de agosto e setembro de 2014, com 48 participantes trabalhadores acometidos com doenças cardiovasculares da região Oeste de Santa Catarina. É possível afirmar que os trabalhadores acometidos com doenças cardiovasculares não apresentam a Síndrome de Burnout, a qual é definida por escores altos de exaustão e despersonalização e escores baixos de realização profissional. No entanto, os participantes indicaram um grau alto de exaustão emocional (59,5%), o que caracteriza a primeira fase da doença. Nas demais dimensões, apresentaram grau baixo de Despersonalização (59,6%) e um alto grau de Realização (91%). Os fatores preditores da Síndrome de Burnout foram a jornada maior que 40 horas semanais (50%) de trabalho há mais de 10 anos no mesmo local (69%), pouco tempo para o lazer e a falta de autonomia, os quais podem atuar como maior ênfase na Síndrome de Burnout.
Palavras-chaves: Síndrome de Burnout. Doenças cardiovasculares. Trabalhadores.