RESPOSTA E RESULTADO ECONÔMICO DA CULTURA DA JIGGS (Cynodon dactylon cv.) A DIFERENTES ADUBAÇÕES
Resumo
A atividade de bovinocultura leiteira vem crescendo em volume e em tecnologia na região Oeste de Santa Catarina. A utilização de forrageiras com qualidade é fundamental para compor a dieta de bovinos leiteiros, viabilizando o processo produtivo, porém, culturas como a Jiggs (Cynodon dactylon) possuem poucos estudos sobre seu potencial produtivo e composição bromatológica, bem como a sua resposta ao uso de fertilizantes. Este trabalho teve como objetivo avaliar a resposta da cultura da Jiggs submetida a diferentes adubações, considerando total de massa seca, bromatologia e renda, a partir da produção por área. Utilizou-se delineamento de blocos casualizados (DBC), sendo três tratamentos com sete repetições, originando 20 graus de liberdade. A recomendação de adubação foi feita com base em análise de solo, e produção estimada de 25 toneladas de MS/ha. A adubação de base e a cobertura no tratamento 1 foi somente mineral, no tratamento 2, utilizou-se fertilizante orgânico na base e complementação com fertilizantes minerais em cobertura, já no tratamento 3 não se utilizou nenhuma adubação, e serviu como testemunha. O plantio foi realizado no dia 20 de setembro de 2013, recebendo tratos culturais necessários. As coletas de dados foram feitas nos dias 06 e 23 de janeiro, 23 de fevereiro e 12 de março de 2014, sendo as amostras pesadas e secas em estufa a 65 °C até atingirem peso constante, determinando o total de MS/ha, sendo esta de 15874,28 kg no tratamento 1, 16017,14 kg no tratamento 2 e 10325,71 kg no tratamento 3. Analisando pelo teste de Tukey a 0,05% de significância, comprovou-se diferença estatística entre os tratamentos com adubação em relação à testemunha, não havendo diferença estatística entre os dois tratamentos com adubação. Determinou-se a composição bromatológica das amostras em laboratório e com isso fez-se uma simulação de dieta para uma vaca leiteira, considerando os níveis de Fibra em Detergente Neutro, Nutrientes Digestíveis Totais e Proteína Bruta, complementando a energia necessária com milho. Considerando o custo total diário e a receita com cada tratamento, bem como os dias em que é possível alimentar o animal com a massa seca produzida, o tratamento 1 teve renda adicional de R$ 9.314,25 e o tratamento 2 rendeu R$ 8.310,43 no período em relação à testemunha.
Dessa forma, concluiu-se que a produção de massa seca, os níveis bromatológicos e a renda obtida por área é superior nos tratamentos com adubação, em relação ao tratamento testemunha, mesmo com custo superior.
Palavras-chave: Tratamentos. Adubação. Massa seca. Receita.