PERFIL DOS GESTORES MUNICIPAIS DA POLÍTICA PÚBLICA DE SAÚDE DA REGIÃO DO EXTREMO OESTE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Resumo
Este relatório apresentou o resultado de uma pesquisa realizada com o objetivo de identificar o perfil dos gestores de saúde da região Extremo Oeste catarinense. Inicialmente, foram apresentados conceitos básicos da saúde pública no Brasil, e a criação e os avanços do Sistema Único de Saúde, por meio de literaturas e bibliografias pertinentes ao assunto. Em seguida, analisou-se o perfil dos gestores baseando-se em autores que visam à educação continuada e ao gerenciamento, notando que há uma maior necessidade de pessoas qualificadas e que estejam de acordo com as exigências do mercado, buscando inovações na qualidade do atendimento e na integralidade das resoluções das problemáticas. A pesquisa realizada foi de caráter quanti-qualitativa e descritiva com base em documentos, bibliografias e pesquisa de campo. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se um questionário com perguntas abertas e fechadas. Participaram da pesquisa 20 gestores do SUS das Secretarias Municipais da Saúde da região Extremo Oeste do Estado de Santa Catarina (gestão 2013/2016), correspondendo a 66% do universo pesquisado. Para a escolha da amostragem, participou-se de três reuniões mensais da Comissão Intergestores Regional (CIR) nos meses de maio, julho e agosto de 2013, realizando-se observações assistemáticas. Entre os resultados obtidos, observou-se que a maioria dos gestores possui mais de 41 anos, com um percentual de 70%, e constatou-se que 50% são do sexo masculino e 50% do sexo feminino; em relação ao estado civil, prevaleceu casado, com 60%. Referente à escolaridade, 20% terminaram o ensino médio e 20% possuem cursos de especialização completo. Entre as graduações completas, encontrou-se direito, farmácia, serviço social, administração, ciências contábeis e pedagogia. Aqui, 85% dos participantes responderam que utilizam instrumentos de planejamento para a sua gestão, observado que, das respostas mais citadas, fica o Plano Plurianual e Conselhos Municipais de Saúde, 80% informaram que utilizam instrumentos de avaliação e 85%, que utilizam ferramentas de monitoramento e controle. Por fim, a realização da pesquisa reiterou a importância da formação de recursos humanos na área da saúde e do conhecimento necessário para assumir a responsabilidade da gestão. Principalmente, porque a gestão em saúde é um dos temas que tem convergido o olhar da sociedade e da população em geral na atualidade. Lembrando que a partir das mudanças preconizadas pelo movimento da Reforma Sanitária que desembocaram na construção do Sistema Único de Saúde (SUS), as transformações reivindicadas enfocam principalmente na qualidade da gestão dos serviços.
Palavras-chave: Sustentabilidade. Gestão. Políticas públicas. Direitos fundamentais.