REFORÇADORES DE APRENDIZAGEM DA DANÇA EM PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN

Autores

  • Patrick Zawadzki Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Patricia Cristina Machado da Silva Acadêmica do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, de Chapecó.

Resumo

As pessoas com Síndrome de Down (SD) são caracterizadas pela presença de um cromossomo a mais no par de número 21. O fenótipo característico é o retardo mental com classificação entre as faixas leve e moderada, motivo que questiona a capacidade dessas pessoas de aprendizagem. Entretanto, a literatura demonstra resultados positivos nesse quesito para várias situações, inclusive, na de desempenhar satisfatoriamente diversos tipos de papéis na sociedade. A dança, como instrumento educativo, mostra-se favorável porque trabalha a autoestima e a socialização por meio do desenvolvimento da autonomia para criar e agir. Esses formam os motivos que levaram a definir a hipótese de que pessoas com Síndrome de Down são capazes de aprender uma sequência coreográfica em uma única sessão de aula e que definiram como objetivo identificar quais reforçadores são necessários para que ocorra essa aprendizagem. O formato de estudo de caso foi adotado para esta pesquisa. Foram participantes deste estudo três portadores de SD, alunos do CAPP de Chapecó, SC. Duas fases caracterizaram a pesquisa, a primeira foi a do ensino da sequência coreográfica, e a segunda, de registro e análise dos resultados. Na primeira fase, foram utilizados como instrumentos uma câmera filmadora e uma sala de dança, sem espelho, livre de distrações, em que somente estava presente um participante por vez e a professora. Na segunda fase, foi adotada a metodologia observacional para o registro da ação realizada e utilizado o software Kinovea para a coleta de informação. Foram criados categorias e critérios para a análise dos resultados para cada passo da coreografia a posteriori. O resultado principal mostrou que todos os participantes foram capazes de aprender, e que os reforçadores utilizados para o processo de ensino-aprendizagem, que serviram como instruções logo após a execução correta de um passo, foram classificados em: 1) Cantando devagar o passo; 2) No ritmo da música; 3) Com instruções específicas do passo; 4) Execução lenta ao mesmo tempo que se canta o passo; 5) No ritmo da música cantando os passos; e,6) Correto, seguido das instruções da professora. E os reforçadores utilizados após execuções incorretas foram: 1) Devagar e cantando o passo; 2) Não houve erro, continua; e, 3) Cantando o passo. Observações importantes foram feitas a partir dos resultados: ressalta-se o aumento da aprendizagem à medida que se aumentavam as repetições em todos os casos, e que a maior dificuldade de todos os participantes foram aqueles passos que exigiam definições de lateralidade. É possível concluir que a hipótese do estudo foi comprovada e que o objetivo foi atingido.

Palavras-chave: Síndrome de Down. Aprendizagem. Sequência coreográfica. Reforçadores. Prática. 

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Biografia do Autor

Patrick Zawadzki, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Doutorando em Educaçao Física, Atividade Física e Esporte pela Universidade de Barcelona.

Professor da UNOESC-Chapecó.

Patricia Cristina Machado da Silva, Acadêmica do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, de Chapecó.

Acadêmica do Curso de Educação Física da Universidade do Oeste de Santa Catarina, de Chapecó.

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Publicado

29-08-2014

Como Citar

Zawadzki, P., & Machado da Silva, P. C. (2014). REFORÇADORES DE APRENDIZAGEM DA DANÇA EM PESSOAS COM SÍNDROME DE DOWN. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), 70. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/5121

Edição

Seção

Chapecó - Ensino

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