A LINGUAGEM NO PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO DAS CRIANÇAS DA PRÉ-ESCOLA
Resumo
Introdução: O texto em tela refere-se à um recorte de dissertação de mestrado em andamento. Na perspectiva de
Vigotski, ao pensar na criança como um ser histórico-cultural, é necessário considerar que desde muito pequena
ela já tem capacidade de instituir interações com as pessoas e com o mundo que a cercam, a fim de aprender
como se desenvolver enquanto ser humano. A linguagem é o marco do encontro das águas, do biológico com o
cultural, é o momento do nascimento do ser social. Por essa via, evidenciamos a importância de compreender
como se constitui a linguagem humana numa perspectiva Histórico-Cultural, na qual tem como princípio
oportunizar aos sujeitos o acesso ao mundo cultural como possibilidade de humanização. Essa é também a
intercessora das funções psíquicas superiores, pois como via de comunicação, depende da compreensão do
outro. Objetivo: Identificar as práticas linguísticas que promovem a construção da identidade e colaboração entre
as crianças, além de investigar como os educadores podem utilizar a linguagem de maneira eficaz para fomentar
um ambiente de aprendizagem saudável. Método: A pesquisa baseia-se em um estudo qualitativo e de cunho
bibliográfico com pesquisas em sites acadêmicos confiáveis, livros e autores da vertente histórioc-cultural.
Resultados: São diversas as formas de linguagem que possibilitam a relação entre a comunicação com o ambiente
social e o desenvolvimento infantil. Para Pino (2005) a relação com os outros enquanto sociedade, cultura e história
possibilitam que a criança se aproprie dos sistemas semióticos, principalmente a linguagem sob suas mais diversas
facetas, como explica Leontiev (2017, p. 59) “[...] durante o desenvolvimento humano da criança, sob a influência
das circunstâncias concretas de sua vida, o lugar que ela ocupa no sistema das relações humanas se altera”.
Conclusão: Portanto, fica evidente que por mais que as crianças tenham a mesma idade cronológica, cada uma
tem o seu desenvolvimento e formas de aprender, ou seja, a idade é um instrumento de referência e não definitivo
no processo de desenvolvimento. Com isso, o que serve como orientador do sujeito é um conjunto constituído por
suas necessidades, razões e atividades principais, acordadas com as condições ofertadas para a criança, isto é,
para garantir o desenvolvimento é necessário ter um ensino de adequado e de qualidade, ou como disse Vigotski
(2008), um ensino objetivado potencializador da aprendizagem que gera desenvolvimento humano.