A CIDADE DE IPORÃ DO OESTE: VERTICAL OU HORIZONTAL?
Resumo
Introdução: O crescimento das cidades brasileiras, acompanhado de alterações morfológicas, é um processo que
acontece, em sua maioria, motivado pela modernização espacial. Com isso, surge a ideia de verticalização do
espaço, transformando as cidades de horizontais para verticais. O processo, atualmente, não se concentra apenas
em cidades de maior porte, mas também pode ser observado em cidades médias e pequenas. Objetivo: A
pesquisa tem como objetivo analisar o tipo de crescimento urbano que ocorreu na cidade de Iporã do Oeste – SC
e observar se existe alguma relação entre a ocupação e a verticalização das edificações. Método: A pesquisa
inicia com uma análise bibliográfica referente à morfologia urbana sobre o crescimento horizontal e vertical das
cidades, compreendendo os diferentes tipos de crescimento urbano e focando mais precisamente no crescimento
vertical. Consideram-se, nessa pesquisa, os gabaritos e os tipos de ocupação das edificações. Os dados utilizados
na pesquisa foram coletados in loco, com a finalidade de gerar mapas para analisar os dados e auxiliar, assim, no
resultado do estudo. Os mapas também são fontes de informações para a base de dados do município,
colaborando com futuras pesquisas e possíveis intervenções. Resultados: No levantamento de dados in loco, foi
possível identificar 1.981 edificações, obtendo os gabaritos e as ocupações individuais de cada uma. De acordo
com o levantamento, 61% das edificações contêm apenas 1 pavimento, aproximadamente 36% possuem 2
pavimentos, um pouco mais de 2% contêm 3 pavimentos e 0,25% contêm de 4 a 6 pavimentos. A edificação mais
alta da cidade tem 6 pavimentos. Sobre os tipos de ocupação, foram classificadas em Usos: Comercial com 5,24%;
Equipamentos Públicos com 0,30%; Religioso com 0,25%; Industrial com aproximadamente 0,35%; Institucional com
1,11%; Misto com 10,29% e a maioria sendo Residencial com 82,43%. Levando em consideração que o Uso Misto
corresponde ao Uso Comercial e Residencial na mesma edificação, pode-se dizer que X% das edificações possuem
Uso Comercial e Z% possuem Uso Residencial. Conclusão: Como resultado, observou-se um crescimento muito mais
horizontal na cidade, com gabaritos menores e em maior quantidade distribuídos pelo espaço urbano. Os edifícios
com maiores gabaritos encontram-se nas regiões mais centrais da cidade em função de uma melhor infraestrutura,
bem como a legislação de zoneamento urbano, que possibilita, no local, diferentes ocupações, incentivando o
comércio nessas áreas e promovendo a verticalidade das edificações. Apresenta-se, assim, uma relação de
verticalização e tipo de ocupação, apesar de a cidade se encontrar em um formato mais horizontal.