USO TERAPÊUTICO DA PSILOCIBINA EM TRANSTORNOS DEPRESSIVOS
Resumo
Introdução: Os transtornos depressivos estão associados à sintomas como irritabilidade, perda de prazer, baixa
autoestima, isolamento social e pessimismo, os quais acabam interferindo diretamente na vida cotidiana do
indivíduo acometido. Objetivo: O presente estudo objetivou investigar os possíveis benefícios e efeitos adversos do
uso terapêutico da psilocibina como tratamento para transtornos depressivos. Método: Trata-se de uma revisão
narrativa da literatura, que buscou estudos publicados nos últimos cinco anos, em língua inglesa. Foram utilizadas as
bases de dados Scielo, Portal de periódicos da CAPES e PubMed. As buscas ocorreram através das combinações
dos seguintes descritores: Psilocibina e saúde mental (Psylocibin AND mental health), Psilocibina e depressão
(psilocybin AND depression), Psilocibina e transtornos mentais (Psylocybin AND mental disorders) e Psilocibina e
transtornos depressivos (Psilocybin AND depressive disorders). O operador booleano “AND” foi utilizado para buscar
dois descritores simultaneamente no mesmo estudo Resultados: Com este estudo, foi evidenciado que a terapia
assistida por psilocibina em um ambiente terapêutico sob a orientação de um profissional se torna uma opção de
tratamento inovadora, pois consiste em apenas duas ou três administrações, com ação rápida e não necessitando
o uso contínuo da substância. O tratamento demonstra efeitos antidepressivos rápidos e de longo prazo,
apontando um novo paradigma para os campos da psicologia e psiquiatria. Nota-se que os efeitos adversos
relatados são apresentados em sua maioria como transitórios, além de terem um potencial nocivo baixo quando
comparados aos principais medicamentos antidepressivos. Por fim, mais ensaios clínicos são necessários para uma
melhor avaliação dos efeitos em larga escala. Conclusão: Diante dos resultados apresentados, a psilocibina
parece demonstrar efeitos antidepressivos rápidos e de longo prazo, apontando um novo paradigma promissor
para os campos da psicologia e psiquiatria, levando em consideração que estes efeitos são comparáveis aos dos
antidepressivos padrões. Nota-se que, os efeitos adversos relatados são apresentados em sua maioria como
transitórios, além de terem um potencial nocivo baixo quando comparados aos de medicamentos comumente
utilizados para tratar tais transtornos, ainda levando em consideração, que quando a administração da substância
é feita sob supervisão qualificada, seus efeitos adversos são minimizados.