PERFIL DE INVESTIDOR E EDUCAÇÃO FINANCEIRA NA PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DA ÁREA DE NEGÓCIOS

Resumo

Introdução: Nas últimas duas décadas, a educação financeira emergiu como um tema relevante, com diversas
iniciativas promovidas por órgãos reguladores como a OCDE, CVM, Banco Central do Brasil, entre outros. A
educação financeira (EF) visa melhorar o conhecimento financeiro dos consumidores, permitindo decisões mais
informadas e a redução de riscos (OCDE). Estudos mostram que a EF é uma ciência comportamental que visa não
apenas o planejamento financeiro, mas também a segurança financeira e o sucesso profissional, além de
fortalecer os laços familiares e criar consumidores mais conscientes. Objetivo: Este estudo tem como objetivo
analisar a relação entre o perfil dos investidores e a educação financeira dos acadêmicos dos cursos da área de
negócios da UNOESC. Método: A pesquisa caracteriza-se como descritiva com abordagem quantitativa. Quanto
aos procedimentos de coleta dos dados, utilizou-se um questionário estruturado para avaliar o perfil e o
conhecimento dos acadêmicos na temática de Educação Financeira. A amostra teve respondentes dos cursos de
administração e ciências contábeis e um total de 134 respostas válidas. Resultados: A pesquisa revelou alguns
padrões demográficos interessantes, como a predominância de mulheres entre os respondentes e a concentração
de jovens na faixa etária de 17 a 22 anos. A maioria dos jovens estudantes estão em estágio inicial de suas vidas
profissionais e acadêmicas. A maioria dos estudantes ainda não possui dependentes, o que pode indicar uma
maior disponibilidade de renda para investimentos pessoais, embora muitos ainda não o façam de maneira regular.
Os resultados revelam que a maioria dos participantes possui conhecimento sobre os riscos e benefícios de
diferentes tipos de investimentos, como a diversificação de investimentos para diminuir riscos, a compra de ações
que torna o indivíduo sócio da empresa e o entendimento de que ações são mais arriscadas que títulos do
governo. As maiores dificuldades encontradas foram em relação a conceitos como juros compostos, impacto da
inflação nos investimentos, o funcionamento de debêntures e crypto tokens, além da relação entre preço de títulos
pré-fixados e taxa de juros. Conclusão: Conclui-se a importância de continuar investigando o comportamento
financeiro dos estudantes e suas percepções, de modo a desenvolver estratégias educacionais que atendam às
suas necessidades e que fomentem um ambiente acadêmico mais preparado para lidar com a complexidade do
cenário financeiro atual.