ADOLE (SER) MÃE: PERDAS VIVENCIADAS POR MÃES ADOLESCENTES QUE TIVERAM UMA GESTAÇÃO NÃO PLANEJADA

Autores

  • Camilla Kauana Secchi UNOESC
  • Kamila da Silveira UNOESC
  • Taíza Gabriela Zanatta Crestani UNOESC
  • Newton Gabriel Bervian UNOESC
  • Chancarlyne Vivian Unoesc

Resumo

Introdução: A adolescência é um período de transição entre a infância e a vida adulta, que compreende uma série de mudanças e implicações de ordem social, física e psicológica. Nessa fase, o corpo feminino está em processo de desenvolvimento, especialmente nos órgãos reprodutores. Uma gravidez não planejada pode vir acompanhada de sentimentos, como surpresa, medo, tristeza, angústia, ansiedade, vergonha, rejeições, além de impactos na vida econômica, familiar, pessoal, educacional e social. Somado a isso, o aumento do número de gestantes adolescentes traz obstáculos por conta dos resultados neonatais adversos encontrados em recém-nascidos de mães adolescentes. Engravidar nesta faixa etária pode levar a complicações obstétricas, como baixo peso ao nascer, deficiências de micronutrientes, edema, transtorno hipertensivo na gravidez, ruptura prematura de membranas e hemorragia no início da gestação. A ausência de informações e diálogo familiar pode fazer com que adolescentes exerçam a sexualidade de forma insegura, o que ora, resulta em uma gestação inesperada. Objetivo: Para tanto, este estudo objetivou compreender as perdas vivenciadas por mães adolescentes que tiveram uma gestação não planejada. Método: Foram entrevistadas cinco mulheres que tiveram uma gestação não planejada na adolescência, com idades entre 23 e 41 anos, as quais os filhos possuem mais de dois anos atualmente. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas individuais e posteriormente transcritas e analisadas por meio da Análise de Conteúdo de Bardin. O estudo cumpriu os aspectos éticos e foi aprovado sob parecer de nº. 69304023.8.0000.5367. Resultados: Os resultados apontam que uma gestação na adolescência sem planejamento apresenta algumas consequências na vida das mulheres, como dificuldades em seguir uma vida acadêmica e em alguns casos, dificuldade de inserção no mercado de trabalho. O estudo ainda notabilizou que uma rede de apoio presente tem contribuições significativamente positivas na vida da mãe e do bebê, tais como a possibilidade de a mãe continuar estudando e trabalhando. Além disso, as participantes expressaram preocupações diversas, tais como, o desconforto por precisar adiar demandas acadêmicas e profissionais, como também, percepções negativas em relação à sua imagem corporal após a gestação e parto. Conclusão: Esses aspectos ressaltam a multifatorialidade de experiências que acompanham a gestação no período da adolescência e o quanto o suporte psicológico é necessário para as adolescentes.

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Biografia do Autor

Chancarlyne Vivian, Unoesc

Docente do curso de Psicologia da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

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Publicado

06-11-2024

Como Citar

Secchi, C. K., da Silveira, K., Zanatta Crestani, T. G., Bervian, N. G., & Vivian, C. (2024). ADOLE (SER) MÃE: PERDAS VIVENCIADAS POR MÃES ADOLESCENTES QUE TIVERAM UMA GESTAÇÃO NÃO PLANEJADA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e35474. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/35474

Edição

Seção

Campus São Miguel do Oeste

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