REFLEXÕES SOBRE IDENTIDADE E DIFERENÇA NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA À LUZ DA CARTOGRAFIA DE DELEUZE E GUATTARI
Resumo
Introdução: A produção social da identidade e da diferença é um processo dinâmico, influenciado pela linguagem e pelas posições sociais que ocupamos. Para compreender as experiências vividas, é essencial considerar as referências, perspectivas e subjetividade de cada indivíduo. O reconhecimento e valorização das identidades e diferenças dos estudantes requer ir alem dos discursos sobre estereótipos e representações socialmente construidas. É preciso buscar uma pedagogia que capture os sujeitos e crie estratégias inclusivas. Na área da educação especial, práticas pedagógicas específicas são necessárias para atender às necessidades educacionais particulares. Objetivo: Analisar e problematizar as narrativas de uma docente que atua em uma sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE), explorando como os movimentos de visitações das práticas pedagógicas podem transformar experiências educacionais em conhecimentos significativos. Método: Esta pesquisa surge no âmbito da disciplina de “Práticas pedagógicas: ensino inclusivo II”, a partir da visita de uma professora que atua nas salas de Recursos Multifuncionais de Chapecó e situa-se no campo das pesquisas pós-críticas, baseada na metodologia de Relato de Experiências em Daltro e Faria (2019) e ocorre através da análise, a partir da cartografia de Deleuze e Guattari (1995), das anotações em Diário de Campo (portfólio da disciplina) feitas pelo autor do artigo. Resultados: A análise revela desafios e potencialidades no processo de inclusão. A reflexão destaca a necessidade de repensar a concepção desses espaços, valorizando práticas pedagógicas adaptadas, investimentos adequados e políticas públicas efetivas para garantir a equidade e respeito à diferença. Essa abordagem crítica é essencial para uma educação inclusiva contínua e transformadora, que promova efetividade na prática educacional. Conclusão: As reflexões sobre educação inclusiva destacaram desafios, como a valorização da diferença, investimentos adequados e superação de aporias pedagógicas. Esse pesquisa defende a potência da cartografia para compreender experiências e mapear afetos, desejos e possibilidades na busca por uma educação mais justa e inclusiva.