ESCALA DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE CÂNCER DE PELE: UMA INOVAÇÃO EM SAÚDE
Resumo
Introdução: o câncer de pele não melanoma representa cerca de 30% da totalidade de casos de tumores malignos registrados no país e é um grave problema de saúde pública, sendo fundamental seu diagnóstico precoce. Objetivo: desenvolver um instrumento em forma de questionário com intuito de predizer o risco de câncer de pele em indivíduos que apresentam lesões cutâneas. Método: foi desenvolvido um instrumento para detecção de risco de lesão de pele maligna, denominado ARCAPE, que foi aplicado em indivíduos com lesões de pele em diferentes estágios e após foram submetidos à biopsia. Foi realizado teste de normalidade Kolmogorov-Smirnov e análise pela curva ROC (Receiver Operating Characteristic) para avaliação da pontuação do instrumento criado, estratificada por resultado positivo para câncer de pele. Resultados: participaram 50 indivíduos, 50% do sexo masculino, média de idade 54,4±17,9 anos. Após biopsia, 34% positivaram para lesão maligna de pele. Em relação ao risco de lesão de pele maligna identificado pelo instrumento, 17 (34%) apresentaram risco baixo, 22 (44%) risco médio e 11 (22%) risco elevado. Curva ROC mostrou alta probabilidade do teste em detectar resultados positivos. A presença de câncer de pele apresentou relação significativa com idade acima de 50 anos, imunossupressão, exposição solar diária, história previa de câncer e presença de mancha acastanhada ou ceratose actínica. O instrumento apontou risco elevado de câncer nas pessoas com olhos claros, imunossuprimidas, com exposição solar diária, história previa de câncer e presença de ceratose actínica ou lesões com evolução acima de quatro semanas. Conclusão: o instrumento mostrou-se promissor e possível de identificar lesões malignas com boa eficácia. Planeja-se aumentar o tamanho da amostra a fim de melhorar a sensibilidade do instrumento
Palavras-chave: Fatores de risco; Neoplasias cutâneas; Valor preditivo dos testes.