MICOTOXINAS NA NUTRIÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES

Autores

  • Joana Aparecida Cimadon Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Larissa Bizzon Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Pedro Andrighetti Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Aline Kuhn Sbruzzi Pasquali Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Gustavo Krahl Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumo

Introdução: Em Santa Catarina, ovinocultura se tornou importante devido a demanda crescente da carne, pelo alto valor agregado aos reprodutores e pelo leite e derivados. A dieta fornecida para animais ruminantes consiste em volumoso, além de grãos e cereais, com alta susceptíbilidade ao crescimento fúngico e consequentemente presença de micotoxinas. Animais leiteiros que consomem alimentos contaminados com micotoxinas podem contaminar o leite, gerando assim um preocupante problema para saúde pública, pois o leite pode se constituir como principal nutriente de crianças em fase de crescimento, principal fase em que se deve evitar à exposição de carcinógenos. Objetivo: Verificar se o uso de adsorvente de micotoxinas na dieta de ovelhas leiteiras reduz a presença de Aflatoxina no leite, e o impacto na saúde das fêmeas lactantes. Método: O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), no município de Campos Novos. No experimento utilizou-se de 6 ovinos fêmeas no terço final de lactação, sendo duas fêmeas de cada raça (Texel, Ile de France e Hampshire Down). O delineamento foi inteiramente casualizado com dois tratamentos: T0 - Ingestão de alimentação sem adsorvente de micotoxinas e T1 - Ingestão de alimentação com 10 gramas de adsorvente de micotoxinas. As avaliações ocorreram num período total de 15 dias, divididos em três períodos de 5 dias. Nos dias 0, 5, 10 e 15 foram procedidas coletas de sangue. A coleta de leite ocorreu nos dias 5º, 10º e 15º por ordenha manual. Foi mensurada a presença de Aflatoxina M1 nos alimentos fornecidos e no leite das fêmeas e foram avaliados parâmetros sanguíneos. A dieta foi baseada em feno de azevém  durante todo o período para todas as fêmeas. Durante os 5 primeiros dias além do feno, receberam suplemento específico para o período de lactação. Metade das fêmeas, do 6º ao 10º dia receberam suplementação com concentrado contendo rolão de milho com presença de aflatoxina. E metade recebeu o rolão de milho incrementado com adsorvente de micotoxinas, este por sua vez age formando ligações estáveis com as toxinas no trato gastrointestinal, impedindo a absorção da micotoxina. Do 11º ao 15º dia todos os animais retornaram a dieta normal do 1º ao 5º dia. Os dados foram submetidos ao teste de normalidade dos resíduos e posteriormente análise de variância (Software R, 5% de significância). O projeto saprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (CEUA) protocolo nº 031/2021. Resultados: Não houve interação entre a presença de adsorvente de micotoxinas com os períodos avaliados. Não foi detectada presença de Aflatoxina M1 nas amostras de leite, considerando um limite de quantificação (LQ) de 0,006 µg/L. Os parâmetros sanguíneos foram semelhantes e permaneceram em uma faixa fisiológica adequada. Conclusão: Não foi constatada presença de AFM1 no leite de ovelhas alimentadas com dietas contendo micotoxinas com ou sem adsorvente e os parâmetros hematológicos não foram influenciados. Sugere-se que o adsorvente seja avaliado em um cenário mais desafiador quanto ao nível de micotoxinas na dieta dos animais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

10-11-2022

Como Citar

Cimadon, J. A., Bizzon, L., Andrighetti, P., Pasquali, A. K. S., & Krahl, G. (2022). MICOTOXINAS NA NUTRIÇÃO DE PEQUENOS RUMINANTES. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e31529. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/31529

Edição

Seção

Joaçaba - Pesquisa