ENGAJAMENTO E DISTRATORES: AS NEUROCIÊNCIAS E AS DIFERENÇAS ATENCIONAIS ENTRE O ENSINO PRESENCIAL E À DISTÂNCIA

Autores

  • Talita Carla Carraro Universidade do Oeste de Santa Catarina/Curso de Medicina
  • Diego De Carvalho Universidade do Oeste de Santa Catarina/Curso de Medicina

Resumo

Introdução: A atenção é primordial para o processo de aprendizagem, porém, o engajamento atencional está suscetível a distratores que podem prejudicar a aquisição de novos conhecimentos. A pandemia da COVID-19, colocou em ascensão o formato de ensino online e desencadeou a necessidade de estudos acerca do engajamento e atenção depositados em aulas remotas e a comparação destas com o ensino presencial. Objetivo: O objetivo deste trabalho consiste em analisar a percepção de estudantes de graduação quanto ao engajamento, atenção e distratores envolvidos em aulas presenciais e online. Método: O presente estudo aplicou um questionário online, via Google formulário, para estudantes de cursos de graduação. O estudo foi realizado no início do ano de 2022, isto é, em momento que a maioria das instituições de ensino superior retornaram às aulas presenciais após a pandemia. Os critérios de inclusão desta pesquisa eram estar regularmente matriculado entre os anos de 2020 e 2022 em um curso de ensino superior e ter assinado o Termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). A presente pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa da Unoesc (CEP/Unoesc) sob o número CAAE 85175821.5.0000.5367. O questionário era composto de 15 questões em busca de analisar os distratores e engajadores atencionais em aulas online e presenciais. As variáveis independentes do presente estudo foram curso, sexo, fase (semestre), e respostas referentes a aulas online e presenciais.  A análise estatística foi realizada em linguagem Python utilizando as bibliotecas Pandas e Scikit Learn. Cada questão foi comparada entre as variáveis independentes acima mencionadas utilizando teste de Qui-quadrado de Pearson e o nível descritivo adotado foi p<0,05. Resultados: Compuseram a amostra 58 estudantes de cursos de graduação, sendo majoritariamente alunos provenientes do curso de medicina (n=34; 58,6%). A média de semestres cursados no formato online devido a pandemia foi de 2,7 +-1,2 semestres e, no momento da resposta ao questionário, 50% dos participantes estavam participando de aulas online (n=28). A maioria dos participantes considera que o formato presencial seja o ideal para aulas teóricas (n=39; 67,2%). Questionados sobre os fatores que mais provocam a perda de atenção durante aulas online, a maioria dos participantes (n=49; 84,5%) destacou o celular como um distrator considerável. Houve diferença significativa entre a quantidade de vezes em que os participantes olham o celular durante aulas presenciais e online (p<0,0001), sendo que em aulas online a situação mencionada é muito mais fequente. Como já esperado, dos 58 participantes, a maioria (n=51; 87,9%) respondeu que sua atenção muda de foco mais facilmente durante aulas online e o tempo de atenção mantido em uma aula presencial foi significativamente maior do que em aulas online (p<0,0001). Por fim, 49 (84,5%) dos participantes acreditam que estar presencialmente em uma sala de aula na faculdade faria com que sua atenção se mantivesse por mais tempo na aula de forma voluntária em comparação com aulas online.  Conclusão: Observou-se que o modelo presencial promove um engajamento atencional mais longo e duradouro quando comparado ao modelo online e, também, sofre menos influência de distração pelo celular.

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Publicado

10-11-2022

Como Citar

Carraro, T. C., & De Carvalho, D. (2022). ENGAJAMENTO E DISTRATORES: AS NEUROCIÊNCIAS E AS DIFERENÇAS ATENCIONAIS ENTRE O ENSINO PRESENCIAL E À DISTÂNCIA. Seminário De Iniciação Científica E Seminário Integrado De Ensino, Pesquisa E Extensão (SIEPE), e30987. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/siepe/article/view/30987

Edição

Seção

PIBIC - CNPq