A SAÚDE COLETIVA E OS DESAFIOS DE UMA FORMAÇÃO CRÍTICA, GENERALISTA E HUMANISTA EM UM CURSO DE ODONTOLOGIA
Resumo
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), o debate sobre a docência no ensino superior tem se intensificado. A formação universitária na saúde, incluindo na Odontologia, tradicionalmente, conservou uma prática de ensino enciclopédico e focado na transmissão de conteúdos, especialmente os de caráter técnico-instrumental. As DCNs/SUS direcionam para a formação de um profissional generalista, humanista, crítico e reflexivo, tornando-se imperativo superar a pedagogia tradicional. Entende-se que a inclusão da saúde coletiva/ciências sociais e de metodologias ativas contribuam para formação demandada. O objetivo desse trabalho é refletir sobre os desafios da formação acadêmica no curso de Odontologia a partir de experiências vivenciadas no componente curricular de Introdução a Saúde Coletiva. Nas aulas, os estudantes estudaram o conceito ampliado de saúde e sua relação com os direitos humanos. Foram utilizadas as estratégias: design thinking para elaboração de projetos sociais, solução de problemas e tempestade cerebral. Foi desafiante e motivou os estudantes, além de colocá-los no centro do processo. Os estudantes assumiram atitude empática e realizaram ações sociais (ações educativas em saúde em uma creche e um grupo de idosos; campanha de combate ao racismo nas redes sociais; arrecadação de donativos, entre outras). Finalizando, é decisivo repensar currículos e formas de ensinar e aprender, ressignificando papéis de professores e estudantes para atender as demandas contemporâneas de saúde pública.
Palavras-chave: Pedagogia universitária. Formação profissional em saúde. Inovações pedagógicas