FÍSTULA ORONASAL TRAUMÁTICA EM FELINO
Resumo
Um felino, macho, SRD, 5 anos, 3,7 Kg foi encontrado na rua. Apresentava mucosas hipocoradas, desidratação em grau elevado, disfagia, dispneia, hipotermia, úlcera corneana bilateral, secreção purulenta nasal e oral e uma fenda palatina de origem traumática. Observou-se linfopenia e aumento da creatinina sérica. Após a estabilização inicial do paciente, realizou-se a intervenção cirúrgica para a redução parcial da fístula. No pós-operatório foram utilizados tramadol, meloxicam, ceftriaxona, colírio de atropina, ciprofloxacina e diclofenaco e dieta pastosa. Após 45 dias, o animal apresentava-se em um quadro favorável, livre da desidratação, lesão ocular, sendo assim, foi submetido a outro procedimento cirúrgico, contribuindo ainda mais para a redução da fenda palatina e dos sinais clínicos associados. Os defeitos dos palatos podem acometer o palato primário, secundário ou ambos, sendo que a intensidade dos sinais clínicos varia conforme o grau de severidade e o local das lesões. Os defeitos do palato que resultam em comunicação oronasal raramente cicatrizam espontaneamente, sendo necessário a intervenção cirúrgica. Todavia, um único procedimento cirúrgico pode não garantir um bom resultado na cicatrização, devido às condições naturais das cavidades orais e nasais, como presença de saliva, restos alimentares, bactérias e até mesmo a própria movimentação da língua. Como complicações pneumonia aspirativa, imunossupressão e septicemia. É importante conhecer sinais clínicos de fístula, para a realização do diagnóstico e tratamento precoce, minimizando as complicações.
Palavras-chave: Palatosquise. Palato. Trauma. Pneumonia aspirativa. Felino.