Os Sistemas-mundo e a Globalização

Autores

  • Caio Graco Valle Cobério

Resumo

Por meio de uma sistematização sobre o que se constitui na teoria dos sistemas-mundos, o artigo apresenta os debates sobre o capitalismo histórico, ou seja, a afirmação do sistema capitalista mundial de uma perspectiva de longo prazo. Essa teorização é produto da contribuição fundamental de três autores – um historiador e dois sociólogos –, sendo eles Fernand Braudel, Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi. As semelhanças e diferenças dessas três abordagens permitem conceber o sistema capitalista com as distinções de seu desenvolvimento histórico que podem, por sua vez, resultar no levantamento de problemáticas e possibilidades diversas para a compreensão do fenômeno da globalização, vista como um momento próprio do processo histórico recente, ao mesmo tempo singular e padronizada. O momento atual pode ser compreendido mediante uma análise bastante diferente das que propõem ver na globalização uma continuidade e um aprimoramento do capitalismo no final do século vinte. O equilíbrio do sistema e a ascensão de novos centros são fatores importantes dessa nova análise. Objetiva-se a compreensão do que é o capitalismo histórico por intermédio do conhecimento de seus ciclos de acumulação e por meio das repetições inerentes a estes ciclos – nas quais padrões são estabelecidos – interpretar a natureza da globalização como parte do desenvolvimento histórico do sistema capitalista. Os métodos de análise partem da longa duração para os modelos particulares de continuidade dos ciclos de Kondratieff ou de ruptura pelos ciclos sistêmicos de acumulação. O debate situa-se nos campos da Macrossociologia Histórica.

Palavras-chave: Capitalismo. Ciclos. Continuidade. Ruptura. Transição.

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Como Citar

Cobério, C. G. V. (2010). Os Sistemas-mundo e a Globalização. RACE - Revista De Administração, Contabilidade E Economia, 7(1), 53–70. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/race/article/view/379