INSTITUCIONALIZAÇÃO DA FILANTROPIA PELA LEGITIMAÇÃO
Resumo
Na Europa, a responsabilidade social das empresas, em particular a sua dimensão filantrópica, não está tão consolidada como nos EUA. Porém, nos últimos anos, confrontados com exigentes restrições orçamentais, os Estados-Membros da União Europeia esforçam-se por apoiar o setor privado não lucrativo (terceiro setor), assegurando a sua vitalidade. Daí que a compreensão das razões que estão na base da concessão de donativos pelas empresas seja fundamental para o fortalecimento do terceiro setor, que desempenha um papel central no bem-estar coletivo. As preferências individuais dos gestores influenciam a atividade filantrópica da empresa, afastando-a de uma trajectória de obtenção de lucros. Porém, a revisão de literatura efectuada e a reconfiguração das ligações concetuais sugerem que a procura da legitimação pessoal e empresarial, em um enquadramento institucional, constitui uma explicação pertinente para a concessão de donativos. O modelo teórico proposto ilustra que a procura de legitimação produz efeitos positivos na empresa e alinha os interesses dos agentes e dos principais.
Palavras-chave: Donativos. Legitimação. Institucionalismo. Terceiro setor. Responsabilidade social.
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