Programa Cidades Sustentáveis como Instrumento Avaliativo da Gestão Pública dos Municípios Brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/race.32522

Palavras-chave:

Programa Cidades Sustentáveis, Administração pública, Sustentabilidade, Accountability

Resumo

Sendo o Programa Cidades Sustentáveis (PCS) uma iniciativa em prol às práticas adequadas para uma gestão municipal sustentável, a relevância deste artigo está pautada na disseminação do PCS averiguando-o como método de avaliação nas áreas social, ambiental, econômica, política e cultural. Esta pesquisa visa averiguar se a proposta do Programa Cidades Sustentáveis (PCS) (planos de metas, eixos, indicadores e resultados) pode servir de instrumento de avaliação da gestão pública dos municípios brasileiros, sob a ótica da accountability. O procedimento metodológico pautou-se em técnicas de coleta de informações, a partir da documentação indireta e direta, recolhidas do site do programa e com dados complementares cedidos pela gestão do programa. Em seguida foi realizado a classificação quanto a aderência ao plano de metas. Observou-se que mesmo que o programa possua métricas e orientações para as prefeituras envolvidas, não há entendimento e empatia por parte dos gestores ao que preza o PCS, assim os resultados apontam que nas atuais circunstâncias não seria possível utilizá-lo como ferramenta de avaliação dos trabalhos desenvolvidos. Uma das principais contribuições deste artigo, concentra-se em torno do gestor público, o qual precisa compreender a importância do desenvolvimento sustentável, para que esteja à frente de qualquer programa de gestão, desenvolvendo aptidão e disposição para enquadrar-se nas propostas e recomendações. Outro ponto a destacar, é que com os resultados obtidos é possível apresentar o envolvimento entre administração pública e sustentabilidade, abrangendo o debate do tema, com auxílio da contabilidade e accountability.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ilka Gislayne de Melo Souza, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutora em Ciências Contábeis pela UNB (2018). Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco (2012). Pós graduada em PLanejamento Tributário (2011) pela mesma instituição. Possui graduação em CIÊNCIAS CONTÁBEIS (2009). Foi professora professora adjunta da UFBA, atuando na graduação e mestrado. Atualmente é professora adjunta da UFPE.

Mateus Batista Porto, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Possui graduação em Licenciatura em Matematica pela Faculdade de Ciëncias Educacionais(2011). Atualmente é Assistente de perito contábil do Instituto Interforensics - Capacitação, Auditoria e Perícias Ltda.

Referências

Baracchini, S. A. (2002). A inovação presente na administração pública brasileira. Revista de Administração de Empresas, 42(2), 104-109. https://www.scielo.br/j/rae/a/f4kGFpck83XjGPNShqrRBtq/?lang=pt&format=pdf DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-75902002000200010

Bessa, F. L. B. N. (2011). Gestão pública orientada ao desenvolvimento sustentável e indicadores de desempenho socioambiental. Caderno de Finanças Públicas, 11, 159-185. https://acervo.enap.gov.br/cgi-bin/koha/opac-detail.pl?biblionumber=43306

Biderman, R., Macedo, L. S. V., Monzoni, M., & Mazon, R. (2008). Guia de compras públicas sustentáveis. (2ª ed.). FGV, Fundação Getúlio Vargas. http://hdl.handle.net/10438/15417

Çalişkan, A. Ö. (2015). How UN global compact can contribute corporate accountability and sustainability? In The UN global compact: fair competition and environmental and labour justice in international markets: Vol. 16 (pp. 17-36). Emerald Group Publishing Limited. https://doi.org/10.1108/S2051-5030201516 DOI: https://doi.org/10.1108/S2051-503020140000016002

Camargo, J. A., Liboni, L. B., & Oliveira, J. H. C. (2014). Gestão ambiental de recursos humanos e nível de envolvimento de colaboradores nas organizações. Revista de Administração Mackenzie, 16(2), 72-91. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/1678-69712015/administracao.v16n2p72-91 DOI: https://doi.org/10.1590/1678-69712015/administracao.v16n2p72-91

Campos, A. M. (1990). Accountability: quando poderemos traduzi-la para o português? Revista de Administração Pública, 24(2), 30-50. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/lil-400012

Cruz, C. F., Marques, A. L., & Ferreira, A. C. S. (2009). Informações ambientais na contabilidade pública: reconhecimento de sua importância para a sustentabilidade. Sociedade, Contabilidade e Gestão, 4(2). http://atena.org.br/revista/ojs-2.2.3-06/index.php/ufrj/article/view/763/771 DOI: https://doi.org/10.21446/scg_ufrj.v4i2.13176

Denhardt, J. V., & Denhardt, R. B. (2007). The new public service: Serving, not steering. (4ª ed.). Routledge. https://doi.org/https://doi.org/10.4324/9781315709765 DOI: https://doi.org/10.4324/9781315709765

Ethos, I. (2012). Cidades Sustentáveis. Áreas de Atuação/Meio Ambiente. http://www3.ethos.org.br/conteudo/projetos/em-andamento/empresas-e-cidades-sustentaveis/#.V8NeMJgrLIV.

Fiorino, D. J. (2010). Sustainability as a conceptual focus for public administration. Public Administration Review, 70, 78-88. https://doi.org/https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2010.02249.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1540-6210.2010.02249.x

Frey, M. R. (2015). Integração da sustentabilidade no controle e na prestação de contas na gestão pública municipal sob os fundamentos da accountability [Tese de Doutorado, Universidade de Santa Cruz do Sul – UNISC]. http://hdl.handle.net/11624/1010

Goldenberg, M. (2011). A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. In Record (Vol. 12). https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=DMiUxDA0EPIC&oi=fnd&pg=PT5&dq=GOLDENBERG,+Mirían.+A+arte+de+pesquisar:+como+fazer+pesquisa+qualitativa+em+Ciências+Sociais,+8.+ed.+Rio+de+Janeiro:+Record,+2004.&ots=bgog25EUNS&sig=4wwv8_JjA1cpGEzzcaelFGd-I

Gothardo, J., & Cabral, R. (2014). Princípios da cultura de paz e estratégias de sensibilização em relações públicas no Programa Cidades Sustentáveis. Razón y Palabra, 1-21. https://doi.org/https://orcid.org/0000-0002-0545-498X

Grice, J. D. (2011). National accounts, wellbeing, and the performance of government. Oxford Review of Economic Policy, 27(4), 620-633. https://doi.org/https://doi.org/10.1093/oxrep/grr028 DOI: https://doi.org/10.1093/oxrep/grr028

IFAC, I. F. A. (2001). Governance in the public sector: a governing body perspective. In International Public Sector Study. http://www1.worldbank.org/publicsector/pe/april2003seminar/Course Readings/08. Internal Control and Audit/Study_13_Governance.pdf

Martins, F. B., Lersch, E. M., & Guimarães, Ê. (2016). Novas diretrizes para saneamento básico: desafios da gestão pública para sua implementação. Revista do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, 34(1), 42-52. https://www.tce.rj.gov.br/bnportal/m/pt-BR/search/47954?exp=%22LERSCH, Elton Machado%22%2Fautor DOI: https://doi.org/10.18763/revistaTCEMG.2016.vol.34.n.1.p.42-52

Mata, C., Fialho, A., & Eugénio, T. (2014). A análise da investigação em contabilidade sobre relato ambiental: 2006-2011. Revista Universo Contábil, 10(4), 182-199. http://hdl.handle.net/10400.8/3559 DOI: https://doi.org/10.4270/ruc.2014436

Melo, D., & Bellen, H. M. V. (2019). Desafios democráticos à construção e implementação de indicadores: o caso do Programa Cidades Sustentáveis. Revista Grifos, 28(46), 88-114. https://doi.org/https://doi.org/10.22295/grifos.v28i46.4696 DOI: https://doi.org/10.22295/grifos.v28i46.4696

Moura, A., Ribeiro, V., & Monteiro, S. (2018). Divulgação de informação na internet sobre Responsabilidade Social-Evidência empírica nos municípios portugueses. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, 7(2), 185-209. http://revistageas.org.br/ojs/index.php/geas/article/view/373 DOI: https://doi.org/10.5585/geas.v7i2.373

Nagel, S. E. C., & Maia, A. G. (2013). Um estudo sobre o envolvimento do gestor público municipal no programa cidades sustentáveis. III Seminário de Jovens Pesquisadores em Economia e Desenvolvimento, Anais elet. http://coral.ufsm.br/seminarioeconomia/images/anais_2015/Um-estudo-sobre-o-envolvimento-do-gestor-pblico-municipal-no-programa-cidades-sustentveis.pdf

Narayan, A. K. A. (2014). Accounting and accountability challenges: implementing sustainability in tertiary organizations. Pacific Accounting Review, 26(1/2), 94-111. https://doi.org/https://doi.org/10.1108/PAR-07-2013-0072 DOI: https://doi.org/10.1108/PAR-07-2013-0072

O’Donnell, G. (1998). Horizontal accountability and new poliarchies. Lua Nova: Revista de Cultura e Política. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/S0102-64451998000200003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-64451998000200003

O’Dwyer, B., Owen, D., & Unerman, J. (2011). Seeking legitimacy for new assurance forms: the case of assurance on sustainability reporting. Accounting, Organizations and Society, 36(1), 31-52. https://doi.org/https://doi.org/10.1016/j.aos.2011.01.002 DOI: https://doi.org/10.1016/j.aos.2011.01.002

PCS, P. C. S. (2020). Programa Cidades Sustentáveis. https://www.cidadessustentaveis.org.br/inicial/home

Pinho, J. A. G., Sacramento, A. R. S., Raupp, F. M., & Amaral, M. S. (2020). Transparência governamental em capitais dos estados no Brasil nas contratações emergenciais. Revista da CGU, 12, 260-274. DOI: https://doi.org/10.36428/revistadacgu.v12i22.330

Qian, W., Burritt, R., & Monroe, G. (2011). Environmental management accounting in local government: a case of waste management. Accounting, Auditing & Accountability Journal, 24(1), 93-128. https://doi.org/https://doi.org/10.1108/09513571111098072 DOI: https://doi.org/10.1108/09513571111098072

Ramiah, V., Pichelli, J., & Moosa, I. (2015). Environmental regulation, the Obama effect and the stock market: some empirical results. Applied Economics, 47(7), 725-738. https://doi.org/https://doi.org/10.1080/00036846.2014.980572 DOI: https://doi.org/10.1080/00036846.2014.980572

Ribeiro, V. P. L., & Monteiro, S. M. S. (2018). Social and Environmental Accounting (SEA) research in the public sector: the portuguese case. Responsibility and Governance, 215-236. https://doi.org/10.1007/978-981-13-1047-8_13 DOI: https://doi.org/10.1007/978-981-13-1047-8_13

Rocha, A. C. (2011). Accountability na administração pública: modelos teóricos e abordagens. Contabilidade, Gestão e Governança, 14(2), 82-97. https://www.revistacgg.org/contabil/article/view/314

Rossato, J., & Bellen, H. M. (2011). Licitações sustentáveis: um levantamento das iniciativas adotadas na administração pública. Encontro Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Administração, 35, 1-17.

Silva, A. M. (2015). Metodologia da Pesquisa. (2ª ed.). Universidade Estadual do Ceará (UECE). https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/56606712/Metodologia_da_Pesquisa-with-cover-page-v2.pdf?Expires=1644547911&Signature=VI0N-lh8JKLVHhlsjOtZpUz6figX3l5ZfQOZNfucKM29FQbp9A4ObXwJQqCtRXptopkEp~Mpi3AHsyOpfYxgWIqPwCgm8beLQIOLEnzbLY1szY6mRI6~OCjEh5ANYmVk8Xtq

Souza, C. M. (2016). Atributos da governança pública: mecanismos de atendimento da política nacional de resíduos sólidos no município de Catalão (GO) [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Goiás – UFG]. http://ppggo.sistemasph.com.br/images/documentos/dissertacoes/2013/CARLA_MENDONCA_DE_SOUZA.pdf

Sustentáveis, P. C. (2016). GUIA GPS: Gestão Pública Sustentável. www.cidadessutentaveis.org.br/gps

Zuccolotto, R., & Teixeira, M. A. C. (2014). As causas da transparência fiscal: evidências nos estados brasileiros. Revista Contabilidade & Finanças, 25(66), 242-254. https://doi.org/https://doi.org/10.1590/1808-057x201410820 DOI: https://doi.org/10.1590/1808-057x201410820

Downloads

Publicado

14-08-2023

Como Citar

Souza, I. G. de M., Lima, L. R. de, & Porto, M. B. (2023). Programa Cidades Sustentáveis como Instrumento Avaliativo da Gestão Pública dos Municípios Brasileiros. RACE - Revista De Administração, Contabilidade E Economia, 21(2), 153–176. https://doi.org/10.18593/race.32522

Edição

Seção

Artigos teórico-empíricos