Desempenho econômico das empresas familiares e não familiares na crise de 2012
DOI:
https://doi.org/10.18593/race.20106Palavras-chave:
Desempenho econômico, Empresas familiares, Empresas não familiares, Crise 2012Resumo
Esta pesquisa consistiu em analisar o comportamento do desempenho econômico das empresas familiares e não familiares na Crise de 2012. Para tanto, analisaram-se as empresas brasileiras listadas na B3 (Brasil, Bolsa, Balcão) e desenvolveu-se um estudo descritivo, documental e quantitativo, com a utilização de ranking, distância DP2. O período de análise compreendeu os anos de 2008 a 2016. Os resultados revelaram que nos anos de 2011, 2012 e 2013 as empresas familiares apresentaram melhor colocação no ranking de desempenho econômico das empresas analisadas. Conclui-se que houve uma mudança no comportamento econômico das empresas familiares e não familiares principalmente nos anos próximos à Crise de 2012, sendo que as empresas familiares passaram a ocupar o primeiro lugar no ranking de desempenho econômico, quando anteriormente era mantido pelas empresas não familiares. Assim, em um cenário de crise o desempenho econômico das empresas familiares é superior ao das empresas não familiares. Como contribuição, o estudo apresenta o comportamento econômico das empresas familiares e não familiares, indicando como o desempenho econômico das empresas familiares e não familiares se comporta em um cenário de crise, demonstrando que as empresas familiares tendem a manter o desempenho econômico maior.
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