MÃES PRIMÍPARAS E O PROCESSO DE RESILIÊNCIA DA INSERÇÃO DO FILHO NA CRECHE
Abstract
O nascimento de um filho exige do contexto familiar novas adequações. A experiência da maternidade e a necessidade da reinserção no mercado de trabalho exigem novas opções de cuidadores para essas crianças, e a creche surge enquanto uma possibilidade nesse momento. Esta pesquisa apresenta como tema central o estudo sobre mães primíparas e o processo de resiliência da inserção do filho na creche e tem como objetivo geral identificar quais são os sentimentos vivenciados por essas mães primíparas em relação à instituição creche. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, que se desenvolveu em uma creche de um município do Meio-Oeste catarinense. Os sujeitos que fizeram parte deste trabalho de investigação foram todas as mães primíparas (seis) que matricularam seus filhos na creche do município no mês de fevereiro de 2016. Os instrumentos utilizados para a realização da pesquisa foram a Escala dos Pilares da Resiliência, EPR (Manual da Escala dos Pilares da Resiliência), e uma entrevista semiestruturada.
Palavras-chave: Mães. Creche. Sentimentos. Resiliência.
Downloads
References
REFERÊNCIAS
AMORIM, Katia S. Y.; ROSSETTI-FERREIRA, M. C. Creches com qualidade para a educação e o desenvolvimento integral da criança pequena. Psicol. cienc. prof., v. 19, n. 2, p. 64-69, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931999000200009>. Acesso em: 15 set. 2015.
AZEVEDO, K. R.; ARRAIS, A. R. O mito da mãe exclusiva e seu impacto na depressão pós-parto. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 19, n. 2, p. 269-276, 2006.
ASSIS, S. G.; PESCE, R. P.; AVANCI, J. Q. Resiliência: Enfatizando a proteção dos adolescentes. Porto Alegre, 2006.
BARBOSA, M. B. et al. Carreira, vida familiar e vida profissional das executivas: tensão e conciliação. VII SEGeT- Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2010.
BAPTISTA, A.; CARVALHO, M.; LORY, F. O medo, a ansiedade e as suas perturbações. 2005. Disponível em: <http://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0874-20492005000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 01 set. 2015.
BALABAM, N. O início da vida escolar: Da separação a independência. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12295/000605262.pdf>. Porto Alegre, Brasil. Artes Médicas, 1988.
BRAZELTON, T. B. Momentos Decisivos do Desenvolvimento Infantil. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
BRAZELTON, T. B. O desenvolvimento do apego: uma família em formação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
BELTRAME, G.; DONELLI, T. M. Maternidade e carreira: desafios frente à conciliação de papéis. 2012. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/n38-39/n38-39a17.pdf>. Acesso em: 01 set. 2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. 6. ed. Brasília, DF: MEC; SEB, 2009. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/direitosfundamentais.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2015.
BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. Assessoria de Comunicação Social. RAIS e Caged indicam cresci¬mento da participação da mulher no mercado de trabalho. 2013. Disponível em: <http://www.mtb.gov.br/ imprensa/cresce-a-participacao-da-mulher-no-mercado-de-trabalho/palavrachave/mercado-de-trabalho-rais-mulhe¬res-crescimento-das-mulheres.htm>. Acesso em: 23 ago. 2015.
BRASIL. Portal Brasil. Educação Infantil- Creche: A primeira fase da educação infantil é um direito das crianças de zero a três anos. 2012. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/educacao/2012/04/creche>. Acesso em: 01 set. 2015.
BOUKOBZA, C. O desamparo parental perante a chegada do bebê. In: BERNARDINO, L.; ROBENKOHL, C. (Org.). O bebê e a modernidade: abordagens teórico-clínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
CAMPOS, M. M.; ROSEMBERG, F. Critérios para um atendimento em creches que respeite os direitos fundamentais das crianças. 6. ed. Brasília, DF: MEC, SEB, 2009.
CARDOSO, T.; MARTINS, M. C. Escala dos Pilares da Resiliência (EPR). São Paulo: Vetor, 2013.
CARDOSO, T. Construção e validação de uma escala dos atributos pessoais da resiliência. 2013. Disponível em: <http://ibict.metodista.br/tedeSimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3323>. Acesso em: 30 dez. 2015.
CLEAVER, H.; UNELL, I.; ALDGATE, J. Children’s needs – parenting capacity. Child abuse: parental mental illness, learning disability, substance misuse, and domestic
Violence. 2. ed. London: The Stationery Office, 2011. Disponível em: https://www.education.gov.uk/publications/eOrderingDownload/
Childrens%20Needs%20Parenting%20Capacity.pdf>. Acesso em: 18 set. 2016.
COELHO, E. de A. C. et al. Associação entre gravidez não planejada e o contexto socioeconômico de mulheres em área da Estratégia Saúde da Família, 2011 Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002012000300015#end>. Acesso em: 13 set. 2016.
COSTA JÚNIOR, D. V. da. União estável. Revista Jus Navigandi, Teresina, ano 4, n. 28, 1 fev. 1999. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/548>. Acesso em: 18 set. 2016.
COWAN, P. A.; COWAN, C. P.; SCHULZ, M. S. Thinking about risk and resilience in families. Em E. M. Hetherington & E. A. Blechman (Org.). Stress, coping and resiliency in children and families (p. 1-38). New Jersey: Lawrence Erlbaum, 1996. Disponível em: http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docs/Cecconello_resiliencai.pdf . Acesso em 18 out 2016.
DEL PORTO, José Alberto. Conceito e diagnóstico. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 21, Suppl. 1, p. 06-11. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44461999000500003&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S1516-44461999000500003>. Acesso em: 18 set. 2016.
FEIN, G. G. Crianças em cuidados de Grupo: padrões de desespero e desprendimento. Primeira infância pesquisa trimestral, 10, p. 261-275, 1995.
FEIN, G. G.; GARIBOLDI, A.; BONI, R. The adjustment of infants and toddlers to group care: The first six months. Early Childhood Research Quarterly, v. 8, n. 1, 1993.
FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS. Mulheres no Mercado de Trabalho: Grandes números. 2007. Disponível em: <http://www.fcc.org.br/bdmulheres/serie1.php?area=series>. Acesso em: 23 ago. 2015.
IBGE. Censo 2010: Escolaridade e rendimento aumentam e cai mortalidade infantil. 2012. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/12062003indic2002.shtm>. Acesso em: 23 ago. 2015.
KAROLIY, P. Mechanisms of self-regulation: a systems view. Annual a Review of Psycholoy, v. 44, p. 23-52, 1993.
KLAUS, M.; KENNEL, J. Pais/bebê: a formação do apego. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S1413-73722008000100008>. Acesso em 02. ago. 2016.
LOPES, R. C. S. et al. “No inicio eu saia com o coração partido...”. As primeiras situações de separação mãe-bebê. Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano, v. 15, n. 3, p. 26-35, 2005.
MAHLER, M.; PINE, F.; BERGMAN, A. O nascimento psicológico da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993. (Original publicado em 1975).
MALDONADO, M. T. P. Psicologia da Gravidez. Petrópolis: Vozes, 1997. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n1/v13n1a07.pdf>. Acesso em: 05 mar. 2016.
MARANHÃO, D. G. O cuidado com o elo entre saúde e educação. 2000. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742000000300006&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 02 ago. 2016.
MARTINS, M. C. F.; SIQUEIRA, M. M. M.; EMÍLIO, E. V. Construção e validação Escala para avaliação de Resiliência (EAR). São Bernardo do Campo: UMESP. Relatório de pesquisa, 2010.
MASTEN, A. S. Ordinary magic: resilience processes in development. American Psychologist, v. 56, n. 3, p. 227-238, 2001.
MCGOLDRICK, M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar. In: CARTER B.; MCGOLDRICK, M. As Mudanças no Ciclo de Vida Familiar: uma estrutura para terapia familiar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. p. 7-29.
MEC autoriza fechamento de creches nas férias. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/mec-autoriza-fechamento-de-creches-e-pre-escolas-nas-ferias/>. Acesso em: 08 set. 2015.
MERCER, Ramona T.; WALKER, Lorraine O. A review of nursing interventions to foster becoming a mother. Journal of Obstetric, Ginecologic, & Neonatal Nursing, v. 35, n. 5, p. 568-582, 2006.
OLIVEIRA, J. B.; LIPP, M. E. N. Resiliência e controle do stress em juízes e servidores públicos. Boletin da Academia Paulista de Psicologia, v. 29, n. 2, p. 287-306, 2009.
PATIAS, N. D.; BUAES, C. S. “Tem que ser uma escolha da mulher”! Representações de maternidade em mulheres não-mães por opção. Psicologia & Sociedade, 24, n. 2, p. 300-306, 2012.
PNAD. Mulheres são mais escolarizadas do que os homens, diz IBGE. 2011. Disponível em: <http://www.potiguarnoticias.com.br/noticias/19843/mulheres-sao-mais-escolarizadas-do-que-os-homens-diz-ibge>. Acesso em: 18 set. 2016.
PRADO, L. C. O bebê inaugura a família: a terapia pais-bebê. In: PRADO, L. C. (Org.). Famílias e Terapeutas: construindo caminhos Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 97-131).
PRIETSCH, S. O. M. et al. Gravidez não planejada no extremo Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Caderno de Saúde Pública, v. 27, n. 10, p. 1906-1916, out. 2015.
REFERENCIAL CURRICULAR PARA EDUCAÇÃO INFANTIL (RCNEI) (1998). Brasília, DF: Ministério da Educação e do Desporto. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282003000200003>. Acesso em: 04 jun. 2016.
RACK, C. F.; PATTERSON, L. E. Promoting resilience in at-resk children. Journal of Counseling and Development, v. 74, n. 4, p. 368-373, 1996.
RAMOS, B. Partos normais deveriam ser prioridade, diz OMS, 2013. Disponível em: <http://www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/07/opcao-de-kate-middleton-diverge-com-a-da-maioria-das-brasileiras>. Acesso em: 10 jul. 2016.
RAPOPORT, A.; PICCININI, C. A. O ingresso e adaptação de bebes e crianças pequenas à creche: alguns aspectos críticos. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/prc/v14n1/5209.pdf>. Acesso em: 07 set. 2015.
RAPOPORT, A.; PICCININI, C. A. O ingresso e adaptação de bebes e crianças pequenas a creche: Alguns aspectos críticos. Psicologia: reflexão e Crítica, 14, n. 1, p. 81-95, 2001.
RUEGG, F. Valorizar as potencialidades da criança. A resiliência, conceitos e perspectivas. Caderno de Educação de Infância, v. 42, p. 9-14, 1997.
SANTOS, F. M. S.; MOURA, M. L. S. A relação mãe-bebê e o processo de entrada na creche: esboços de uma perspectiva sociocultural. Psicologia: ciência e profissão, v. 22, n. 2, p. 88-97, 2002. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/16283>. Acesso em: 04 jun. 2016.
SEVERINO, R. S. Casais construindo seus caminhos: a terapia de casal e a família de origem. In: PRADO, L. C. et al. Famílias e terapeutas construindo caminhos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. p. 71-96.
SGARIONI, M. Tristeza faz bem. Superinteressante. 2015. Disponível em: <http://super.abril.com.br/comportamento/tristeza-faz-bem>. Acesso em: 26 ago. 2016.
SILVIA, C. C. da; BOSANELLO, M. A. No cotidiano das creches o educar e o caminhar caminham juntos. Interação, Curitiba, v. 6, n. 1, p. 31-36, 2002.
SLUCKIN, W.; SLUCKIN, A.; HERBERT, M. Vínculo materno. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
SMITH, J. Desenvolvimento de identidade durante a transição para a maternidade: uma análise fenomenológica interpretativa. Revista Brasileira de reprodução e psicologia infantil, v. 17, p. 281-299, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pe/v13n1/v13n1a07.pdf>. Acesso em 02. ago. 2016.
SOUZA, M. G. S.; PUENTE-PALACIOS, K. Validação e testagem de uma escala de autoconceito profissional. Rpot, v. 7, n. 2, p. 95-114, 2007.
WEBER, L. N. D.et al. Filhos em creches no século XXI e os sentimentos das mães. Psicologia Argumento, Curitiba, v. 24, n. 444, p. 45-54, jan./mar. 2006.
WOLIN, S. J.; WOLIN, S. The resilient self: how survivors of troubled families risk above adversity. Nova York: Villard Books, 1993.
YUNES, M. A. M.; SZYMANSKI, H. Resiliência: noção, conceitos afins e considerações críticas. In: TAVARES, J. (Org.). Resiliência e Educação. São Paulo: Cortez, 2001. p. 13-42.
