AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE Salmonella spp. EM PEQUENOS ROEDORES SILVESTRES CAPTURADOS EM FRAGMENTOS DE MATA LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC

Autores/as

  • Roberto Degenhardt UNOESC - Joaçaba
  • Raquel Reginato
  • Fernanda Maurer D'Agostini

Resumen

Diversas espécies de animais silvestres são reservatórios de patógenos de interesse na saúde humana e animal, sendo “agentes-chave” na permanência desses micro-organismos no ambiente. Os roedores são animais cosmopolitas e formam colônias nos mais diversos ambientes, podendo ser hospedeiros e vetores de micro-organismos patogênicos. Entre os patógenos de importância para a saúde humana e animal destaca-se o gênero Salmonella. Contaminações e infecções por essa bactéria são comumente descritas em humanos, alimentos, animais domésticos e, mais recentemente, em espécies de animais silvestres. Este estudo buscou avaliar a incidência de Salmonella spp. em roedores silvestres capturados em dois pontos de um fragmento de mata na cidade de Joaçaba, SC. A captura dos animais foi realizada entre março e agosto de 2013, sendo um dos pontos próximo a residências e o segundo no interior da mata, em armadilhas com iscas atrativas, obtendo-se onze roedores: quatro do gênero Oligoryzomys e sete da espécie Mus musculus. Os animais foram transferidos para terrários forrados com papel absorvente estéril, disponibilizando alimento e água estéreis em abundância, e neles foram mantidos até que fosse possível a coleta de suas fezes. As amostras de fezes foram transferidas para recipientes estéreis para análise. Aproximadamente um grama de amostra foi homogeneizado em dez mililitros de água peptonada tamponada e incubado a 36 °C por 16-18 horas para pré-enriquecimento. As culturas pré-enriquecidas foram semeadas por estriamento direto em placas de ágar Xilose Lisina Desoxicolato (incubado a 36 °C/24h) e 100 uL foram transferidos para tubos de Craigie inseridos em tubos de ensaio contendo o Meio Semi-sólido Rappaport Vassiliadis (incubado a 42,5 °C/24-48h). Após a incubação, observou-se o desenvolvimento de colônias características e estas identificadas por meio de kit de identificação bioquímica. Os resultados das análises indicaram ausência de Salmonella spp. em todas as amostras, porém, foram identificadas outras enterobactérias, como Acinetobacter baumannii/calcoaceticus, Citrobacter spp., Enterobacter cloacae, Escherichia coli, Klebsiella spp., Klebsiella pneumoniae, Providencia spp. e Providencia stuartii. Embora o número de roedores tenha sido pequeno, supõe-se que estes tenham pouca importância na veiculação de Salmonella na fauna silvestre do local de estudo. Esse resultado é bastante surpreendente, visto que esses animais, sobretudo os que vivem próximos às residências, são apontados como vetores do patógeno e são geralmente considerados o principal reservatório de Salmonella. O risco de transmissão de patógenos por animais sinantrópicos aos selvagens que se aproximam do ambiente domiciliar deve ser monitorado e, portanto, é imprescindível a realização de estudos sobre esses micro-organismos determinando a ocorrência e a frequência de infecções em animais selvagens, visando garantir que tanto a saúde desses animais quanto a dos humanos que habitam as proximidades das áreas sejam preservadas.

Palavras Chave: Enterobactérias. Animais sinantrópicos. Reservatórios silvestres.

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Publicado

2014-05-21

Cómo citar

Degenhardt, R., Reginato, R., & D’Agostini, F. M. (2014). AVALIAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE Salmonella spp. EM PEQUENOS ROEDORES SILVESTRES CAPTURADOS EM FRAGMENTOS DE MATA LOCALIZADOS NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC. Jornada Integrada Em Biologia, 11. Recuperado a partir de https://periodicos.unoesc.edu.br/jornadaintegradaembiologia/article/view/4738

Número

Sección

Resumos