DIVERSIDADE DE MAMÍFEROS NÃO VOADORES EM UM REMANESCENTE FLORESTAL LOCALIZADO NO MUNICÍPIO DE JOAÇABA, SC
Resumo
A conservação da biodiversidade está diretamente relacionada à perturbação antrópica nos ecossistemas. A fragmentação de habitats tem sido considerada um dos problemas ambientais fundamentais para a conservação da biodiversidade, tornando sua compreensão algo de suma importância. Neste estudo teve-se como objetivo realizar um levantamento da diversidade de espécies de mamíferos não voadores no fragmento de mata e indicar o uso do ambiente (habitat e micro-habitat) das espécies localizadas no Município de Joaçaba, SC, Brasil. O presente estudo foi realizado durante o período de novembro de 2012 a setembro de 2013, totalizando 11 meses de amostragem. Para esse levantamento, foram utilizadas as seguintes metodologias: observação direta com armadilhas do tipo Young e armadilhas Sherman, além de visualização noturna e visualização indireta ou vestigial; o método de armadilhas se sobressaiu em relação ao número de espécies amostradas. Foram registradas cinco ordens, 10 famílias e 13 espécies de mamíferos não voadores, totalizando 90 espécimes. Entre as espécies, a mais abundante foi Nasua nasua, com 37 indivíduos amostrados, Mazama nana foi visualizada e encontra-se na lista de espécies ameaçadas de extinção de Santa Catarina. Em relação à sazonalidade, os meses mais quentes se destacaram, principalmente dezembro, que apresentou maior número de espécimes encontrados. Com esses dados, conclui-se que a diversidade de mamíferos não voadores no fragmento amostrado apresentou abundância quando relacionados ao número de espécimes encontrados, indicando que os animais estão se adaptando a ambientes fragmentados localizados em áreas urbanas.
Palavras-chave: Fragmento. Diversidade. Antropização.
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