Validação da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência para determinação e avaliação de estabilidade do cloridrato de dobutamina na terapia intravenosa pediátrica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18593/evid.34458

Palavras-chave:

estabilidade de medicamentos, infusões, intravenoso, Dobutamina, validação analítica

Resumo

Crianças gravemente doentes e recém-nascidos geralmente necessitam de uma ampla gama de medicamentos intravenosos como parte de terapias específicas adaptadas às suas características de desenvolvimento e crescimento. Os medicamentos intravenosos para pacientes pediátricos são dosados com base em seu peso e área de superfície corporal, e sua resposta à terapia medicamentosa varia com a idade. Muitos medicamentos são originalmente desenvolvidos para adultos, mas são prescritos a crianças com base na experiência clínica e publicações científicas, considerando a gravidade da condição. Nesse contexto, um medicamento amplamente utilizado no tratamento pediátrico desde a década de 1970 é o cloridrato de dobutamina, um medicamento inotrópico com algum efeito vasodilatador. Nosso objetivo foi validar a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência para determinar a concentração e estabilidade do cloridrato de dobutamina. O cloridrato de dobutamina (250mg/2mL de água) foi utilizado como amostra. Os parâmetros de desempenho analítico determinados foram seletividade, linearidade, faixa, precisão, exatidão, robustez e estabilidade. O método desenvolvido mostrou-se seletivo; linear na faixa de 80% a 120% da concentração teórica do teste; preciso na repetibilidade e precisão intermediária; exato nas concentrações de 0,40, 0,50 e 0,60 mg/mL; robusto com variações do medicamento proporcionais às alterações deliberadas causadas na composição e taxa de fluxo de MF, e temperatura da coluna; e estável por 24 horas após a preparação da amostra. A metodologia analítica de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência para o cloridrato de dobutamina foi considerada validada de acordo com a Resolução 899/2003 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2003). Resolução RE nº 899, de 29 de maio de 2003. Guia para validação de métodos analíticos e bioanalíticos. http://www.portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/RE_899_2003.pdf. Accessed August 15, 2020.

Aragão, N. M., Veloso, M. C., & Andrade, J. B. (2009). Validation of chromatographic methods - an experiment using HPLC and Green Chemistry in methylxanthines determination. Quimica Nova, 32, 2476-2481.

Bhat, B. V., & Plakkal, N. (2015). Management of shock in neonates. Indian Journal of Pediatrics, 82, 923-929.

Chintapilli, A., Satyavathi, K., Bhojaraju, P., Kanthal, L. K., & Manna, S. (2018). Rp-hplc method for estimation of ado-trastuzumabe emtansine injection in pharmaceutical dosage form. Asian Journal of Chemistry, 30(2), 301-304.

De Abreu, L. C. C., Rosa, P. C., Alves, B. C., Azzalis, L. A., Gehrke, F. S., Pereira, E. C., Junqueira, V. B., Perazzo, F. F., & Fonseca, F. F. (2015). Development and validation of HPLC method to determination of Methotrexate in children oncologic patients. European Review for Medical and Pharmacological Sciences, 19, 1373-1380.

Desai, D. S., Patel, G., Shukla, N., & Rajput, S. J. (2012). Development and validation of stability-indicating hplc method for solifenacin succinate: isolation and identification of major base degradation product. Acta Chromatographica, 24(3), 399-418.

Gupta, S., & Donn, S. M. (2014). Neonatal hypotension: dopamine or dobutamine? Seminars in Fetal and Neonatal Medicine, 19, 54-59.

Harada, M. J., Chanes, D. C., Kusahara, D. M., & Pedreira, M. L. (2012). Safety in medication administration in pediatrics. Acta Paulista de Enfermagem, 25, 639-642.

Hisakata, R., Nishida, S., & Johnston, A. (2016). An adaptable metric shapes perceptual space. Current Biology, 26(14), 1911–1915. https://doi.org/10.1016/j.cub.2016.05.047

Horrow, J. C., Digregorio, G. J., Barbieri, E. J., & Rupp, E. (1990). Intravenous infusions of nitroprusside, dobutamine, and nitroglycerin are compatible. Critical Care Medicine, 18, 858-861.

International Conference on Harmonization. (2005). Validation of analytical procedures: text and methodology Q2(R1). ICH Expert Working Group. Geneva. http://www.ich.org/fileadmin/Public_Web_Site/ICH_Products/Guidelines/Quality/Q2_R1/Step4/Q2_R1__Guideline.pdf. Accessed August 15, 2020.

Jeffery, G. H., Bassett, J., Mendham, J., & Denney, R. C. (1992). Vogel Análise Química Quantitativa (15th ed.). LTC, Rio de Janeiro.

Kirschenbaum, H. L., Aronoff, W., Perentesis, G. P., Piltz, G. W., Goldberg, R. J., & Cutie, A. J. (1982). Stability of dobutamine hydrochloride in selected large-volume parenterals. American Journal of Hospital Pharmacy, 39, 1923-1925.

Kleinman, M. E., Chameides, L., Schexnayder, S. M., Samson, R. A., Hazinski, M. F., Atkins, D. L., Berg, M. D., Caen, A. R., Flink, E. L., Freid, E. B., Hickey, R. W., Marino, B. S., Nadkarni, V. M., Proctor, L. T., Qureshi, F. A., Sartorelli, K., Topjian, A., van der Jagt, E. W., & Zaritsky, A. L. (2010). Part 14: Pediatric advanced life support: 2010 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care. Circulation, 122(18 Suppl 3), S876–S908.

Leopoldino, R. W., Costa, H. T., Costa, T. X., Martins, R. R., & Oliveira, A. G. (2018). Potential drug incompatibilities in the neonatal intensive care unit: a network analysis approach. BMC Pharmacology and Toxicology, 19(1), 83.

Mahoney, L., Shah, G., Crook, D., Rojas-Anaya, H., & Rabe, H. (2016). A literature review of the pharmacokinetics and pharmacodynamics of dobutamine in neonates. Pediatric Cardiology, 37, 14-23.

Micromedex. (2017). Dobutamine Hydrochloride. http://www-micromedexsolutions-com.ez69.periodicos.capes.gov.br/micromedex2/librarian/PFDefaultActionId/evidencexpert.DoIntegratedSearch#. Accessed August 15, 2017.

Pedreira, M. L., & Chaud, M. N. (2004). Pediatric intravenous therapy: subsidies for nursing practice. Acta Paulista de Enfermagem, 17, 222-228.

Ribani, M., Bottoli, C. B. G., Collins, C. H., Jardim, I. C. S. F., & Melo, L. F. C. (2004). Validation for chromatographic and electrophoretic methods. Quimica Nova, 27, 771-780.

Rios, D. R., Moffett, B. S., & Kaiser, J. R. (2014). Trends in pharmacotherapy for neonatal hypotension. The Journal of Pediatrics, 165, 697-701.

Ruano, M., Villamañán, E., Pérez, E., Herrero, A., & Álvarez-Sala, R. (2016). New technologies as a strategy to decrease medication errors: how do they affect adults and children differently? World Journal of Pediatrics, 12, 28-34.

Taketomo, C. K., Hodding, J. H., & Kraus, D. M. (2011). Pediatric & Neonatal Dosage Handbook: a comprehensive resource for all clinicians treating pediatric and neonatal patients (18th ed.). Lexi-Comp.

Trissel, L. A. (2011). Handbook on Injectable Drugs (16th ed.). American Society of Health-System Pharmacists.

United States Pharmacopeial Convention. (2009a). Dobutamine Injection. In The United States Pharmacopeia. The National Formulary, USP thirty-second rev., NF, 27th ed. Rockville.

United States Pharmacopeial Convention. (2009b). Validation of compendial procedures. In The United States Pharmacopeia. The National Formulary, USP 32nd rev., NF 27th ed. Rockville.

Publicado

16-12-2024

Como Citar

Calegari , T., Fonseca, F., Alves, B., Veiga, G. da, Rosa , P. C., Pedreira, M., & Peterlini, M. A. (2024). Validação da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência para determinação e avaliação de estabilidade do cloridrato de dobutamina na terapia intravenosa pediátrica. Evidência, 24, e34458. https://doi.org/10.18593/evid.34458

Edição

Seção

Inovação