Estudo das condições microbiológicas e teores de nitrito em salames produzidos no Alto Vale do Rio do Peixe – Santa Catarina, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.18593/eba.v16i2.12860Palavras-chave:
Embutidos cárneos. Conservantes. Nitrito de sódio. Contaminação de Alimentos. Padrões Microbiológicos.Resumo
A região Meio-Oeste de Santa Catarina merece destaque na produção de suínos pelos grandes frigoríficos instalados. A imigração italiana trouxe também para esta região pequenas indústrias beneficiadoras com o intuito de agregar valor e produzir produtos cárneos, como salames. Os pequenos frigoríficos processadores situados na região do Alto Vale do Rio do Peixe, não possuem laboratórios próprios para monitorar a qualidade das matérias-primas utilizadas na fabricação de salames nem mesmo do produto a ser destinado ao consumidor; por conta disso, as amostras são enviadas a laboratórios de terceiros onde se avalia o produto, comprovando sua qualidade e o cumprimento das exigências legais. Nesse contexto, o objetivo com este trabalho foi avaliar a qualidade microbiológica de salames produzidos por três empresas do Alto Vale do Rio do Peixe, bem como determinar os teores de nitritos e compará-los aos valores estabelecidos pela Legislação vigente no País. As análises foram executadas entre agosto e setembro de 2016 utilizando metodologia oficial determinada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Concluiu-se que todas as amostras atenderam aos padrões microbiológicos exigidos pela Legislação. Os resultados obtidos para as análises de nitrito demonstram que 100% das amostras das três marcas analisadas continham teores de nitritos dentro da Legislação vigente, ou seja, abaixo de 150 mg/kg, o que prova que a produção de salames em pequenas agroindústrias desta região do Estado de Santa Catarina encontra-se em condições seguras de consumo.
Palavras-chave: Embutidos cárneos. Conservantes. Nitrito de sódio. Contaminação de alimentos. Padrões microbiológicos.
Downloads
Referências
ABPA- Associação Brasileira da Proteína Animal. Disponível em:< http://abpa-br.com.br/files/publicacoes/c59411a243d6dab1da8e605be58348ac.pdf> Acesso em 22/10/2016.
MAPA- Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Disponível em. http://www.agricultura.gov.br/animal/mercado-interno Acesso em 18/09/2016.
ABIPECS- Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína. Disponível em< http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1441212364.pdf> Acesso em 10/10/2016.
Marcondes, T.; Mior, L.C.; Reiter, J.M.V.; Mondardo, M. Os empreendimentos de agregação de valor e as redes de cooperação da agricultura familiar de Santa Catarina. Florianópolis: Epagri, 2012 37p. (Epagri. Documentos, 238).
Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Instrução normativa nº 22, de 31 de julho de 2000.
Batista, L. R.; Carvalho, E. P. Microbiologia da Segurança de Alimentos. Curso de Pós-graduação “Lato sensu” Especialização a Distância: Processamento e Controle de Qualidade de Carne, Leite e Ovos. UFLA/FAEPE, Lavras, 2011. 185p.
Irineide Teixeira de Carvalho- Microbiologia dos Alimentos- Escola Técnica Aberta do Brasil – Recife EDU FR PE- 2010. Disponível em <http://pt.slideshare.net/AdrianaSantosSilva1/microbiologia-dos-alimentos-28041391> Acesso em 22 de outubro de 2016.
Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Regulamento técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos – RDC 12 de 02 de janeiro de 2001. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 jan. 2001.
Teixeira, E,B. Qualidade microbiológica e padrões físico-químicos de salame colonial na região de Criciúma/SC. Lavras, Minas Gerais, 2013.
Ritter R., SANTOS, D.; AGOSTINI, F.S.; CARBONI, A.N.; BERGMANN, G.P. Microbiologia contaminante e patogênica de linguiça (salame) colonial, analisada em quatro períodos distintos. Higiene Alimentar, v. 17, n. 113, p. 60– 66 2003.
Silva, N.; Junqueira, V. C. A.; Silveira, N. F. A. Manual de métodos de análise microbiológica de alimentos. 2 ed. São Paulo: Livraria Varela, 2001. 317 p.
Jay, M, J. Microbiologia de Alimentos, 6 ed.- Porto Alegre, Artemed 2005.
Silva, M. C. Avaliação da qualidade microbiológica de alimentos com a utilização de metodologias convencionais e do sistema SimPlate. São Paulo. Dissertação (Mestrado)- Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, 2012.
Brasil, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Secretaria da Defesa Agropecuária. Instrução Normativa no 62 de 26 de agosto de 2003. Oficializa os métodos analíticos oficiais para Análises Microbiológicas para Controle de Produtos de Origem Animal e Água. Diário Oficial da União, Brasília, 18 set. 2003.p.14.
Martins, O. A.; Graner, C. A. F. Determinações espectrofotométricas dos íons nitrito e nitrato em sais de cura. PUBVET, Londrina, v. 2, n. 18, p. 129-156, 2008.
Stieven, A.; Souza, C. F. V. Variação das concentrações de nitrato e nitrito em linguiça frescal, adicionadas de diferentes concentrações de eritorbato de sódio. Revista Higiene Alimentar, v. 26, n. 208/209, p. 180-6, 2012.
Laborclin produtos para laboratório - Disponível em<http://www.laborclin.com.br/produto.asp?id=510918 > Acesso em 12 de outubro de 2016.
Brasil, Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária/das. Coordenação Geral de Apoio Laboratorial/CGAL. Laboratório Nacional Agropecuário em Goiás/Lanagro-GO. Instrução de Trabalho. Determinação de nitrito em produtos de origem animal por espectrofotometria UV/Vis. 2011.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO); Orientações sobre Validação de Métodos de Ensaios Químicos, DOQ-CGCRE-008, 2003.
Franco, B. D. G. M.; Landgraf, M. Microbiologia dos Alimentos. São Paulo: Atheneu, 2002.
D’Agostini ,P. F, Campana,P. Degenhardt, R. Qualidade e Identid ade de Embutidos Produzidos no Baixo Vale do Rio do Peixe, Santa Catarina – Brasil 2009.
Bezerra, M. V. P. et al. Avaliação microbiológica e físico química de linguiça toscana no município de Mossoró, RN. Arq Inst Biol. v. 79, n. 2, p. 297-300, 2012.
Zocche, F. Barcellos, C, V. Bersot, S,L. Microrganismos Indicadores e salmonella sp. em salames produzidos e comercializados na região oeste do Paraná. Universidade Federal do Pampa – Campus Dom Pedrito- UNIPAMPA – Dom Pedrito Brasil,2011.
Hoffmann , F. L; Garcia-Cruz, C. H.; Vinturim, T. M. Estudo higiênico-sanitário preliminar de amostras de salame. Higiene Alimentar, São Paulo, v. 11, n. 47, p. 42 – 44 1997.
Maieski, L. M. Os Principais microrganismos que afetam a qualidade do leite. Porto Alegre 2011. Disponível em <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49725/000851317.pdf?sequence=1>. Acesso em 17.10.2016
Noschang, M. Koch, M. Lehn, N,D. Salvatori, U, R. Análise microbiológica de lingüiças colonias produzidas no Vale do Taquari – RS- Disponível em<http://www.pucrs.br/research/salao/2006VIISalaoIC/Arquivos2006/CienciasExatasedaTerra/36396%20-%20MICHELE%20KOCH.pdf> Acesso em 10 de outubro de 2016.
Perufo,B,N. Hoehne, L. Análise de Sais de Cura em Salames Tipo Colonial Comercializados na Serra do Rio Grande Do Sul. Revista Destaques Acadêmicos- VOL. 7, n. 4, 2015 - CETEC/UNIVATES.
Rosa, T. A. M.; Degaspari, C. H. Determinação quantitativa de nitrato e nitrito em salames tipo italianos comercializados na região de Colombo - Paraná, Revista Visão Acadêmica, Curitiba, v. 14, n. 4, p. 73-83, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial 4.0 Internacional.