LINFANGIECTASIA EM CANINO: DIAGNÓSTICO CLÍNICO

Autores

  • Mylena Pozzan
  • Gabriela Paludo
  • Manoella Badin
  • Luciana Alves Prati

Resumo

A linfangiectasia (LI) foi descrita em cães em 1968. Essa é a principal enteropatia causadora de má absorção e perda de proteínas em caninos. A alteração morfológica mais significativa é a dilatação dos vasos linfáticos intestinais, explicando, assim, a perda de seus constituintes e, consequentemente, as alterações clínicas encontradas. Entre as causas, pode-se citar má formação congênita, infiltração ou obstrução dos vasos, drenagem anormal ou aumento da produção de linfa. Os pacientes acometidos apresentam diarreia crônica, podendo ser semissólida de coloração amarelada ou sanguinolenta, esteatorreias, vômito, emagrecimento progressivo e letargia, além de efusões cavitárias e edema subcutâneo. Os exames laboratoriais revelam hipoalbuminemia, hipoglobulinemia, linfopenia, hipocalcemia e hipocolesterolemia, achados os quais, associados a exame histopatológico, podem confirmar o diagnóstico. Este relato teve como objetivo descrever os aspectos clínicos e patológicos de um caso de LI em canino. Foi atendido no Hospital Clínico Veterinário da Universidade do Oeste de Santa Catarina de Xanxerê, SC, um canino, fêmea, raça Maltês, com seis anos de idade, pesando quatro quilos, apresentando histórico de episódios de diarreia durante o dia há aproximadamente um mês, episódios esporádicos de vômito e aumento de volume abdominal. Vermífugos e vacinas estavam em dia. Foram solicitados alguns exames complementares, como exame parasitológico de fezes, o qual foi negativo; hemograma e exames bioquímicos, nos quais se constatou hipoproteinemia e linfopenia. No exame de ultrassonografia, pode-se confirmar a presença de ascite, porém, nenhuma alteração intestinal foi encontrada, o diagnóstico presuntivo foi de linfangiectasia intestinal. No tratamento, utilizou-se ração comercial terapêutica com baixa quantidade de gordura. Após cinco dias de tratamento, a ascite e a diarreia normalizaram-se e o animal recebeu alta. Como o tratamento instituído foi efetivo, observou-se que foi de suma importância o histórico de diarreia crônica e os exames laboratoriais, que demonstraram linfopenia e diminuição de proteínas plasmáticas para conclusão desse caso clínico. Uma biopsia poderia ter sido feita como diagnóstico definitivo, porém, frente à melhora clínica do animal com a terapêutica, não houve necessidade.

Palavras-chave: Cão. Enteropatia. Hipoproteinemia.

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Publicado

2014-10-09

Como Citar

Pozzan, M., Paludo, G., Badin, M., & Prati, L. A. (2014). LINFANGIECTASIA EM CANINO: DIAGNÓSTICO CLÍNICO. Congresso Regional De Medicina Veterinária, 27. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/crmv/article/view/6037