COMO DAR MÁS NOTÍCIAS: DIAGNÓSTICO DE HIV POR MEIO DO TESTE RÁPIDO

Autores

  • Mariane Carolina Almeida UNOESC
  • Elcio Luiz Bonamigo UNOESC

Resumo

Dar más notícias não é uma tarefa fácil, e várias são as dificuldades encontradas pelos profissionais de saúde nessa questão. Considerando-se a realidade do Enfermeiro da Estratégia Saúde da Família ou de uma unidade hospitalar, realizar o teste rápido para HIV e comunicar o diagnóstico ao paciente em 15 minutos não é uma tarefa fácil. Muitos não sabem como repassar a informação de um teste positivo e muito menos para onde encaminhar esse paciente. O trabalho da vigilância epidemiológica em relação a esse problema ainda é alienado, pois as orientações recebidas pelo Ministério de Saúde são vagas. Observa-se o despreparo desses profissionais, pois não possuem a capacitação necessária; é durante o curso superior e/ou na realização de cursos na área de Infecções Sexualmente Transmissíveis que se tornarão capacitados. Almanza-Muños e Holland (1999) já descreviam sobre a deficiente preparação das equipes de saúde nos termos do desenvolvimento de habilidades gerais de comunicação, principalmente em relação a dar informação de resultados indesejáveis. A expressão más notícias não se refere apenas a notícias relacionadas a pacientes terminais em tratamento paliativo, mas também a pequenas más notícias, estas que são dadas no cotidiano, que merecem nossa total atenção (BONAMIGO, 2015). A comunicação de más notícias é uma das tarefas mais difíceis na prática dos profissionais de saúde. Muitos autores citam recomendações sobre as habilidades necessárias para uma boa comunicação nessa área (TOBERGTE; CURTIS, 2013), como saber ouvir e identificar o que o paciente precisa ou quer saber sobre a má notícia. Quem comunica tem a obrigação de diminuir o impacto negativo por meio de técnicas adequadas que vão desde os cuidados prévios para a comunicação em ambiente adequado até a observação das orientações passadas pelos especialistas (BONAMIGO, 2015). Dessa forma, ao dar uma má notícia se deve respeitar os mínimos detalhes, para que o paciente a receba da melhor forma. Olhar nos olhos, ficar em frente ao paciente, estar em um ambiente confortável e com iluminação ideal são itens necessários para dar uma má notícia com humanização. Cada paciente é um ser único e receberá uma má notícia de forma diferente; assim, é preciso respeitá-lo, responder ao que ele perguntar e não o encher de informações desnecessárias para esse momento. Acredita-se que conversação e educação continuada devem ser realizadas na equipe multidisciplinar sobre esse assunto, com o objetivo de estruturar um atendimento mais humanizado para uma melhor comunicação com pacientes e familiares. Dessa forma, buscando um embasamento científico, os profissionais poderão aplicar as formas de se dar as más notícias da melhor forma possível, sejam elas um diagnóstico de HIV positivo ou de uma doença terminal.

Palavras-chave: Infecções. HIV. Comunicação. Más notícias.

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Biografia do Autor

Mariane Carolina Almeida, UNOESC

Graduada em Enfermagem pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Campus Joaçaba (2014). Participou do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET Saúde, programa estimulado e financiado pelo Ministério da Saúde. Atualmente Enfermeira na Universidade do Oeste de Santa Catarina - campus de Joaçaba e Docente no curso Técnico em Enfermagem no SENAC Joaçaba. Mestranda no Programa de Mestrado em Biociências e Saúde e pós graduanda em Unidade de Terapia Intensiva pela Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC - Campus Joaçaba.

Elcio Luiz Bonamigo, UNOESC

Doutor pela Universidad Rey Juan Carlos de Madrid (2010), Master en Bioética pela Universidad Internacional da Catalunya (2005), especialização em oftalmologia através de concurso do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (1981) e graduação em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (1975). Atualmente é professor da Universidade do Oeste de Santa Catarina, membro do comitê de Ética em Pesquisa, Presidente do Comitê de Bioética, membro da Câmara Técnica de Bioética do Conselho Federal de Medicina e médico oftalmologista em Joaçaba. Tem experiência em Medicina e Bioética, atuando principalmente nos seguintes temas: testamento vital, ordem de não reanimar, comunicação de más notícias, comitês de Bioética, estratégias de ensino e oftalmologia geral.

Referências

ALMANZA-MUÑOS, M.J.J.; HOLLAND, C.J. La comunicación de las malas noticias en la

relación medico-paciente. III. Guía clínica práctica basada en evidencia 1999.

BONAMIGO, E.L. Manual de Bioética, teoria e prática. São Paulo. All Print Editora, 3ªedição, 2015.

TOBERGTE, D. R.; CURTIS, S. COMO DAR MÁS NOTÍCIAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA. Journal of Chemical Information and Modeling, v. 53, n. 9, p. 1689–1699, 2013.

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Publicado

2017-07-14

Como Citar

Almeida, M. C., & Bonamigo, E. L. (2017). COMO DAR MÁS NOTÍCIAS: DIAGNÓSTICO DE HIV POR MEIO DO TESTE RÁPIDO. Anais Da Semana Acadêmica E Mostra Científica De Enfermagem, 10. Recuperado de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaissamcenf/article/view/12544

Edição

Seção

Resumos