IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NA ADESÃO AO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS
Resumen
A relação médico-paciente é essencial para a prática médica, uma vez que influencia na adesão ao tratamento por parte do paciente. O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico crônico caracterizado por hiperglicemia em decorrência da deficiência de insulina, frequentemente combinada com resistência insulínica (RANG et al., 2003, p. 440). No presente estudo objetivou-se caracterizar, por meio de uma revisão de literatura científica dos últimos 15 anos realizada por intermédio de artigos disponíveis na base de dados da SciELO, a importância da relação médico-paciente na adesão ao tratamento do diabetes mellitus. Segundo Acelas e Ochoa (2010), a definição de aderência terapêutica em pacientes com risco cardiovascular ocorre pela utilização de medicação associada à modificação dos hábitos de vida, os quais coincidem com a conduta médica escolhida. Nos últimos anos, é possível observar uma atenção redobrada aos fatores relacionados ao diabetes, como a percepção de sintomas, o nível de conhecimento da população acerca da doença e o estresse consequente dessa condição (DUQUE; HENAO; CARDONA, 2011). Diante da necessidade de o médico estar preparado para contribuir na adesão, é imprescindível que a classe médica se conscientize da magnitude desse assunto, adotando medidas, como o comando de grupos de apoio, a realização de campanhas educativas e o constante destaque para a importância do tratamento (ROCHA, 2003). O médico precisa estar ciente de que o maior número de medicamentos prescritos e os esquemas terapêuticos de maior complexidade prejudicam a adesão. Ainda, é preciso saber manejar pacientes assintomáticos que imaginam não necessitarem de auxílio, em razão da crença de não estarem “doentes” (LEITE; VASCONCELLOS, 2003). Percebe-se que uma postura médica atuante e centrada em um cuidado holístico, buscando melhores métodos de adesão e cultivando uma relação médico-paciente saudável, na qual o médico busca entender a realidade de seu paciente, é o ponto principal para um maior entendimento da população no que diz respeito a essa patologia e, consequentemente, para uma efetividade no tratamento do diabetes mellitus.
Palavras-chave: Relação médico-paciente. Diabetes mellitus. Adesão do paciente.
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Citas
ACELAS, Alba Luz Rodriguez; OCHOA, Ana Maritza Gomez. Factores influyentes en adherencia al tratamiento en pacientes con riesgo cardiovascular. Avances em Enfermaría, Bogotá, n.1, jan./jun., 2010. Disponível em: < http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0121-45002010000100007&lng=pt&nrm=iso&tlng=es>. Acesso em: 16 out. 2015.
DUQUE, Teresa Nury Hoyos; HENAO, María Victoria Arteaga; CARDONA, Mónica Munoz. Factores de no adherencia al tratamiento en personas con Diabetes Mellitus tipo 2 en el domicilio. La visión del cuidador familiar. Investigación y Educación en Enfermería, Medellín, v.29, n.2, jul. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.org.co/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-53072011000200004&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 16 out. 2015.
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RANG. H. P. et al. Farmacologia. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 904 p.
ROCHA, Augusto. Adesão ao tratamento: o papel do médico. Revista Brasileira de Hipertensão, Campinas, n. , v. 10, jul./set. 2003. Disponível em: < http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/10-3/adesao.pdf>. Acesso em: 17 out. 2015.