RELAÇÃO DA CONTRACEPÇÃO ORAL E O RISCO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM MULHERES NO PERÍODO REPRODUTIVO

Autores/as

  • Denis Conci Braga UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Lúcio Jary Almeida de Moraes UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Cristiane de Oliveira UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Gabrielle Trevisan UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina

Resumen

Com o aumento da independência feminina e da autonomia em relação a seu corpo e ao planejamento familiar, o uso de contraceptivo oral cresceu desde sua origem. Estudos epidemiológicos indicam que o uso desses fármacos predispõe maior risco de desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP). Objetivou-se, com este estudo, correlacionar o uso de contraceptivos orais em mulheres em período reprodutivo e o risco de TVP. O presente trabalho é constituído de uma revisão bibliográfica realizada a partir de artigos publicados na base de dados da SciELO nos últimos cinco anos. A TVP caracteriza-se pela formação aguda de um trombo em veias profundas, geralmente dos membros inferiores, podendo levar à obstrução parcial ou total do lúmen venoso (BRANDÃO; SOBREIRA; ROLLO, 2013). Quando se analisa o risco de TVP em mulheres, observa-se um aumento em utilizadoras de contraceptivos orais combinados e de terapêutica hormonal para tratamento da menopausa (LOBO; ROMÃO, 2011). Os contraceptivos hormonais consistem na administração conjunta de estrogênio e progestogênio (BATAGLIÃO; MAMEDE, 2011); esses hormônios sexuais femininos têm efeito sobre o sistema cardiovascular, porque os vasos sanguíneos possuem receptores de estrogênio e progesterona em todas as suas camadas constituintes, com isso, ocorre um aumento da geração de trombina, que vai acarretar um estado de hipercoagulabilidade, uma das três alterações que podem levar à formação de um trombo (BRITO; NOBRE; VIEIRA, 2010). Estudos indicam que a utilização de progestagênios de segunda geração (levonorgestrel) apresenta menor risco para o desenvolvimento dessa patologia se comparada com a utilização de progestagênios de terceira geração (PADOVAN; FREITAS, 2014). Conclui-se que o uso de anticoncepcionais orais aumenta a probabilidade de ocorrer TVP, pois os hormônios contidos nesses fármacos agem no sistema cardiovascular. Assim, sua utilização inadequada, por exemplo, a automedicação, maximiza outros fatores de risco, como os fatores genéticos, sendo indispensável uma orientação e supervisão médica.

Palavras-chave: Trombose venosa. Anticoncepcionais. Hormônios. Trombo.

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Citas

BANDRÃO, Gustavo Muçouçah Sampaio; SOBREIRA, Marcone Lima; ROLLO, Hamilton Almeida. Recanalização após trombose venosa profunda aguda. São Paulo, 2013, p. 296-302.

BATAGLIÃO, Eléia Marina Lemos; MAMEDE, Fabiana Villela. Conhecimento e utilização da contracepção de emergência por acadêmicos de enfermagem. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ean/v15n2/v15n2a10.pdf>. Acesso em: 24 set. 2015.

BRITO, Milena Bastos; NOBRE, Fernando; VIEIRA, Carolina Sales. Contracepção Hormonal e Sistema Cardiovascular, São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abc/2011nahead/aop01211.pdf>. Acesso em: 24 set. 2015.

LOBO, Rita Ataíde; ROMÃO, Fátima. Hormonas sexuais femininas e trombose venosa profunda. Angiologia e Cirurgia Vascular. v. 7, n. 4, dez 2011, p. 208-2014.

PADOVAN, Fabiana Tavares, FREITAS, Geyse. Anticoncepcional Oral Associado ao risco de trombose venosa. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research. v.9,n.1, dez.2014/fev.2015, p.73-77.

Publicado

2015-12-16

Cómo citar

Conci Braga, D., Almeida de Moraes, L. J., de Oliveira, C., & Trevisan, G. (2015). RELAÇÃO DA CONTRACEPÇÃO ORAL E O RISCO DE TROMBOSE VENOSA PROFUNDA EM MULHERES NO PERÍODO REPRODUTIVO. Anais De Medicina. Recuperado a partir de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/9172

Número

Sección

Resumos