PERFIL DO ATENDIMENTO EM UNIDADES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA – REVISÃO DA LITERATURA
Resumen
É indispensável o conhecimento sobre as patologias que levam a população a buscarem serviços de pronto-atendimento hospitalar. Uma das maiores dificuldades enfrentadas nos sistemas de urgência e emergência se dá por problemas que poderiam ter sido solucionados no âmbito da atenção básica, mas que acabam superlotando os prontos-socorros. O objetivo deste trabalho foi traçar um perfil dos atendimentos em serviços de urgência e emergência, a partir da identificação das causas que levam o usuário da atenção básica a procurar tais serviços. Como metodologia foi utilizada a revisão da literatura corrente nas seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs e Pubmed. Foram pesquisados os seguintes descritores: serviços médicos de emergência, perfil epidemiológico e assistência ambulatorial. Verificou-se que grande parte das consultas de urgência poderia ter resolução na atenção primária, o que aumentaria a qualidade dos serviços de emergência e diminuiria os custos com a saúde. Entre as patologias atendidas nestes serviços estão: lombalgia, infecção do trato urinário (ITU), infecção de vias aéreas superiores (IVAS), cefaleias, gastroenterocolites, sinusites agudas, amigdalites bacterianas, dispepsia, pneumonias, traumas, crise hipertensiva, asma, doenças de pele, dor torácica e AVC. Os atendimentos, na maioria das vezes, não geraram internação hospitalar e, após serem consultados na unidade, os pacientes foram liberados. Há um predomínio pelo sexo masculino na procura de atendimento. A acessibilidade do acesso ao profissional da saúde, especialmente aos médicos, a medicalização precoce e a fácil resolução dos pequenos problemas de saúde nas unidades de emergências, fazem com que muitas pessoas procurem esses lugares. Entre as formas para evitar a demanda excessiva nos serviços de urgência estão: instruir a população quanto às diferenças características entre a Estratégia Saúde da Família (ESF) e os pronto-atendimentos; estender os horários de atendimento e ampliar a cobertura da população pela atenção primária. Conforme as patologias supracitadas, observou-se que elas representam uma demanda a ser acolhida pelas ESFs. Portanto, a partir dos dados obtidos, é possível inferir que a alta utilização dos serviços de emergência também pode ser em decorrência da desestruturação da atenção primária.
Palavras-chave: Serviços médicos de emergência. Perfil epidemiológico. Assistência ambulatorial.