Espiritualidade no cuidado com o paciente: o que o clínico deve saber?
Resumen
Introdução: A espiritualidade sempre despertou influências colossais na humanidade, não obstante a medicina se aproxima cada vez mais da mesma, exigindo um conhecimento que os clínicos ainda não estão preparados para transmitir. Lukoff (2003) mostra que muitas pesquisas revelam boas correlações entre saúde e espiritualidade. Stroppa e Moreira-Almeida (2008) demonstram que muitos estudos apontam, em seus resultados, que maiores níveis de envolvimento religioso estão associados positivamente a indicadores de bem-estar psicológico, como satisfação com a vida, afeto positivo e moral elevado, felicidade, melhor saúde física e mental. Portanto, já é concebido o impacto positivo da espiritualidade na saúde mental e física, com uma posição marcadamente preventiva (PANZINI; BANDEIRA, 2007). Objetivos: Retificar o poder da espiritualidade nas doenças e identificar as necessidades básicas para os clínicos que desejam utilizar essa ferramenta cada vez mais indispensável. Metodologia: Para tanto, foi realizada uma busca nas bases de dados SciELO e PubMed entre os dias 20 e 22 de agosto, utilizando-se de três artigos. Também na mesma data lançou-se mão de literaturas, e um livro em especial serviu de base. Essencial salientar que a pesquisa não teve como intuito a distinção entre religião e espiritualidade, mas o foco no poder das crenças pessoais e a melhor forma de os médicos as utilizarem na sua prática diária para o bem-estar do próprio paciente. Resultados: Compete ao clínico ter a sensibilidade necessária para acessar os meandros da vida espiritual subjetiva do paciente, sem julgamentos, comparações ou crenças pré-estabelecidas, no propósito de realizar uma prática de saúde holística da forma mais eficiente possível. Lucchetti e Granero (2010) sustentam que não existe uma só forma de abordar a espiritualidade, assim como não existe uma forma correta. Muitas vezes, a sua abordagem faz-se de forma natural e tranquila, o que depende das próprias heranças culturais de cada médico. Entretanto, pesquisadores têm criado formas de facilitar a abordagem da espiritualidade para os médicos que ainda possuem dificuldades com o tema. Esses instrumentos, como a História espiritual do ACP e CSI—MEMO, servem de norteadores para a obtenção da história espiritual. Conclusões: Por meio dos resultados aqui apresentados, pode-se concluir que as evidências da importância do fator espiritualidade na saúde são indubitáveis, ao mesmo tempo que algumas ferramentas apresentadas se tornam de grande valia ao clínico quando bem usufruídas.
Palavras-chave: Espiritualidade. Religião. Clínica.
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Citas
LUCCHETTI, G. et al. Espiritualidade na prática clínica: o que o clinico deve saber? Rev Soc Bras Clin Med., v. 8, n. 2, p. 154-158, 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&pid=S1806-0013201500010007100007&lng=en>. Acesso em: 22 ago. 2018.
KOENIG, H. G. (Ed.) Espiritualidade no cuidado com o paciente. Por quê, como, quando e o quê. São Paulo: Editora FE, 2005.
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