Influência da relação médico-familiar na comunicação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA)

Autores/as

  • Gabriele Maroni Barbieri UNOESC
  • Priscila Becker da Silva
  • Elcio Luiz Bonamigo

Resumen

Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma doença de distúrbio cerebral de origem genética que afeta o convívio social e está presente em uma a cada 160 crianças (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2017). Por isso, a comunicação desse transtorno constitui um momento particularmente sensível, pelas implicações que acarreta na vida familiar e expectativas parentais (MARTINS et al., 2012). Objetivos: Analisar como os pais preferem receber o diagnóstico do filho com autismo, bem como estipular melhorias de comunicação na hora dessa declaração e fortalecer a relação médico-paciente com as famílias. Metodologia: Trata-se de uma análise de artigos sobre o diagnóstico de TEA associado a dilemas éticos relacionados à comunicação de más notícias; utilizou-se a busca on-line nas bases científicas do PubMed e Scielo utilizando-se os seguintes descritores: “Autismo e pais” e “Autismo e diagnósticos” a partir de 2015. Resultados: Na hora de exprimir o diagnóstico é de preferência dos pais que as informações transmitidas e todos os tratamentos disponíveis sobre o TEA sejam explanados de forma clara e compreensível, como prevê o Artigo 32 do Código de Ética Médica (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2009). Além disso, sugere-se que os médicos indiquem contatos de associações de pais de criança com o mesmo transtorno (MARTINS et al., 2012). Para a melhoria da relação médico-familiar é imprescindível um atendimento contínuo e periódico, capaz de acompanhar a trajetória do diagnosticado e indicar orientações de acordo com as condições que a criança apresenta em cada momento do seu desenvolvimento (CAMPOY, 2015). Ademais, o ato de informar más notícias provoca nos profissionais da saúde acentuado desconforto emocional, e isso é diminuído somente na habilidade prática da própria tarefa; como consequência, nota-se falta o estudo de protocolos médicos que ajudariam nessas situações (KOCH, 2017). Conclusão: A busca por uma efetivação de um protocolo na hora de anunciar o diagnóstico do Autismo aos familiares é essencial para guiar o médico-assistente e amparar os pais. Portanto, mais investimento em pesquisa nessa área é importante para padronizar tal comunicação e consequentemente melhorar a relação médico parental.

Palavras-chave: Diagnóstico do TEA. Dilemas éticos. Relação médico-familiar. Revelação da verdade.  

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Citas

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução CFM Nº 1.931/2009. Disponível em: <https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/codigo%20de%20etica%20medica.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2018.

CAMPOY, L. C. Autismo em ação: reflexões etnográficas, sem aprovação de comitês de ética sobre a clínica e o cuidado de crianças autistas. Revista de Ciências Sociais, n. 42, p. 155-174, jan./jun. 2015. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/index.php/politicaetrabalho/article/view/22803/14160>. Acesso em: 07 ago. 2018.

KOCH, C. L.; ROSA, A. B.; BEDIN, S. C. Más notícias: significados atribuídos na prática assistencial neonatal/pediátrica. Revista BIOÉTICA, v. 25, n. 3, 2017. Disponível em: <http://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/view/1390>. Acesso em: 07 ago. 2018.

MARTINS, C. D. R.; BRANDÃO, A. P. C. S. T. Comunicar o diagnóstico de perturbação do espectro do autismo: aspetos importantes na perspectiva dos pais. Acta Pediátrica Portuguesa, 2012. Disponível em: <https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/71871/2/29307.pdf>. Acesso em: 07 ago. 2018.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Transtornos do espectro autista. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5651:folha-informativa-transtornos-do-espectro-autista&Itemid=839>. Acesso em: 07 ago. 2018.

Publicado

2018-10-02

Cómo citar

Barbieri, G. M., Silva, P. B. da, & Bonamigo, E. L. (2018). Influência da relação médico-familiar na comunicação do diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Anais De Medicina, (1), 63–64. Recuperado a partir de https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/18962

Número

Sección

Resumos