NOMINA ANATOMICA: TENTATIVAS PARA SUA PADRONIZAÇÃO
Abstract
Em toda história da civilização houve a preocupação de se comunicar por meio da linguagem em todos os segmentos sociais. A necessidade de encontrar termos para identificar partes anatômicas já existia desde o tempo dos homens primitivos. Com os avanços técnico-científicos, a preocupação deixou de ser simplesmente identificação e se tornou necessária para conhecimento técnico, sendo a padronização uma das formas apontadas para melhor troca de conhecimento. O objetivo com este estudo foi analisar, por meio da literatura vigente, as tentativas de padronização da Nomina Anatomica. O trabalho se constitui de uma revisão bibliográfica realizada a partir de diferentes fontes de pesquisas, como literatura, base de dados da SciELO e artigos virtuais. Ao longo da evolução histórica, várias tentativas objetivaram padronizar a Nomina Anatomica. A primeira ocorreu em 1543, com Andreas Versalius, que verificou os nomes anatômicos que seriam mais adequados e publicou o livro Humani Corpus Fabrica; como os meios para difusão em massa eram escassos, cada centro científico fez suas próprias adaptações, impedindo uma padronização efetiva (OLIVEIRA, [201-]). Em 1895, no IX Congresso da Sociedade de Anatomia da Brasileia, na Suíça, houve outra tentativa de padronização, que ficou conhecida como Basle Nomina Anatomica (BNA), mas essa revisão não foi aceita internacionalmente (LAMY; DANTAS, 2008, p. 446). Após várias conferências falhas para a tentativa de padronização, em 1997, na Cidade de São Paulo, no comando de Liberato Di Dio, ocorreu o lançamento oficial da terminologia Anatomica (DI DIO, 2000). Em decorrência das várias correntes criadas, a falta de uniformidade comprometeu a reprodutibilidade das palavras, pois cada uma seguiu a ideologia que elegeu apropriada (NOVAK; GIOSTRI; NAGAI, 2008, p. 103), tornando a padronização inviável. Uma solução mais próxima da realidade seria tentar a universalização da terminologia anatômica, que, segundo o dicionário Aurélio (2006), é “[...] ato ou efeito de universalizar.” Dessa forma, seriam preconizadas listas com termos mais adequados e utilizados na prática, adaptando-as de acordo com a necessidade. Mesmo sabendo que a padronização é de suma importância, pode-se considerá-la uma utopia, uma vez que essa discussão não é recente, e, de acordo com sua evolução, não se obtiveram grandes conquistas nessas tentativas, apesar de hoje ainda existirem tentativas de padronização. Portanto, uma solução mais próxima, para que seja aceita em todo o mundo, seria a universalização.
Palavras-chave: Nomina Anatomica. Padronização. Universalização.
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References
DI DIO, Liberato J.A., Lançamento oficial da Terminologia Anatomica em São Paulo: um marco histórico para a medicina brasileira. Revista da Associação Médica Brasileira. São Paulo, v.46, n.3, jul/sep, 2000.
FERREIRA, A. Dicionário Aurélio. 6 ed. Curitiba: Positivo, 2010.
LAMY, Ricardo; DANTAS, Adalmir Morterá. Nomenclatura anatômica em oftalmologia. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Rio de Janeiro, v.71, n.3, p. 446 – 458, 2008.
NOVAK, Eduardo Murilo; GIOSTRI, Giana Silveira; NAGAI, Alencar. Terminologia Anatômica em Ortopedia. Revista Brasileira de Ortopedia. São Paulo, v.43, n.4, 2008.
OLIVEIRA, Bruna. Modificação na Nômina Anatômica. [201-?] Disponível em:<http://www.laboratoriodeprotese.com.br/download/artigo01_nonima_anatomica.pdf>. Acesso em: 01 out. 2015
Palavras-chave: Nomina Anatomica.Padronização.Universalização