PREVALÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT EM MÉDICOS – REVISÃO DE LITERATURA
Abstract
A importância do trabalho na vida das pessoas está em proporcionar a realização pessoal, porém, este também pode ser fonte de angústia e sofrimento. Os profissionais da saúde são comumente afetados por diversas situações de estresse e desgaste, em razão do contato diário com pacientes debilitados, doenças e relações hierárquicas nas instituições de trabalho (MAGALHÃES; GLINA, 2006; MORELLI et al., 2015; SERRALHEIRO et al., 2011). A Síndrome de Burnout é caracterizada pelo estresse crônico que afeta o trabalhador, tornando-o irritado, agressivo, desmotivado, desinteressado, insatisfeito e insensível em relação a todos ao seu redor (MAGALHÃES; GLINA, 2006). O objetivo neste trabalho foi analisar a prevalência da Síndrome de Burnout em médicos. Como metodologia, foi utilizada a revisão da literatura nas seguintes bases de dados Scielo e Google Acadêmico, das quais foram utilizados quatro artigos. Foram pesquisados os descritores burnout e esgotamento profissional. Grande parte dos médicos manifesta a Síndrome de Burnout em graus diferentes, dependendo da especialidade do profissional, da sua interação social, da carga horária e do nível de estresse ao qual está submetido no ambiente de trabalho (TRIGO; TENG; RALLAK, 2007). O instrumento mais apropriado apresentado pelos artigos para avaliar o grau da Síndrome é o Questionário Maslach Burnout Inventor, constituído por 22 itens e abrangendo três domínios fundamentais: exaustão emocional, despersonalização e envolvimento ou realização profissional (TRINDAD; LAUTERT, 2010; SERRALHEIRO et al., 2011). Conclui-se que a prevalência da Síndrome de Burnout no Brasil, nas especialidades médicas, ainda necessita ser pesquisada, visto que tal condição pode afetar a conduta profissional, gerando iatrogenias e rompimento de princípios bioéticos.
Palavras-chave: Burnout. Esgotamento profissional. Saúde mental.
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References
MAGALHÃES, Renato Arimateia Costa; GLINA, Débora Miriam Raab. Prevalência de Burnout em médicos de um Hospital Público de São Paulo. Saúde, Ética e Justiça. 11(1/2): 29-35. 2006.
SERRALHEIRO, Fernando César et al. Prevalência da síndrome de Burnout em anestesiologistas de Instituição de Ensino Superior em Medicina. Arquivos Brasileiros de Ciências em Saúde. v. 36, n. 3, p. 140-3. 2011.
TIRONI, Márcia Oliveira Staffa et al. Trabalho e síndrome da estafa profissional (Síndrome de Burnout em médicos intensivistas de Salvador. Revista da Associação Médica Brasileira 55(6): 656-62. 2009.
TRIGO, Telma Ramos; TENG, Chei Tung; HALLAK, Jaime Eduardo Cecílio. Síndrome de Burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos. Revista de Psiquiatria Clínica 34(5); 223-233. 2007.
TRINDADE, Letícia Lima; LAUTERT, Liana. Síndrome de Burnout entre os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família. Revista da Escola de Enfermagem USP. São Paulo, v.44, p.274-9. 2010.
MORELLI, Stephanie Giulianne Silva; SAPEDE, Mário; SILVA, Andréia Tenório Correia. Burnout em médicos da Atenção Primária: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Rio de Janeiro. v.10, p.1-9. 2015.