CARCINOMA ESCAMOSO EM DUODENO: RELATO DE CASO

Authors

  • Bruna Gheller Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Nelzi Ferreira de Junior Queiroz Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Osmar Damasceno Ribeiro Universidade do Oeste de Santa Catarina

Abstract

Carcinomas primários de duodeno, puramente constituídos por células escamosas, são extremamente raros. São relatados somente sete casos na literatura acometendo pessoas acima de 50 anos, dos quais quatro são do gênero feminino e três do masculino. O trabalho teve como objetivo realizar relato anatomoclínico de neoplasia duodenal extremamente rara e discutir a significância desse achado. Trata-se de um paciente de 77 anos, apresentando emagrecimento importante. No exame endoscópico observou-se lesão ulcerada em duodeno. Os aspectos microscópicos são visualizados nas Imagem 1:

 

B

 

 

A

 

 

Imagem 1 – Carcinoma escamoso infiltrando mucosa duodenal. A. Neoplasia epitelial representada por células com citoplasma amplo e eosinofílico exibindo frequentes células ceratinizadas (setas), HE 100x. B. Células neoplásicas exibindo pontes intercelulares (seta), HE 400x. Em torno de 1 a 10% das neoplasias digestivas se situam no duodeno. As principais manifestações clínicas são dor, náusea, vômito e hemorragia. Diante de um achado de neoplasia maligna epitelial com aspectos histológicos de carcinoma escamoso em duodeno é necessário considerar três possibilidades: de carcinoma escamoso primário, de carcinoma adenoescamoso ou derivar de outro sítio neoplásico, manifestando-se com uma metástase. O carcinoma escamoso primário no intestino delgado é um achado extremamente raro, havendo poucos dados relatados na literatura e até o momento sua patogênese não foi completamente elucidada. Por sua vez, o carcinoma adenoescamoso conceitua-se como uma neoplasia maligna que apresenta tanto o componente escamoso quanto o glandular, podendo ser encontrado em todo o intestino delgado, sendo a porção duodenal a localização menos frequente. As metástases para o intestino delgado podem ter origem do próprio tubo gastrointestinal, sendo com frequência observadas em estágios avançados de adenocarcinoma de pâncreas, cólon e estômago. Dos sítios extragastrointestinais, o melanoma é a neoplasia que acomete o intestino delgado com maior frequência. Outras neoplasias como o carcinoma de células escamosas do cérvix e de pulmão, mesmo sendo raras, constam na literatura. Pode-se concluir, então, que sempre que encontrado em uma biópsia de duodeno um carcinoma escamoso se deve afastar a possibilidade de metástase, ou, ainda, pode-se tratar de uma amostragem isolada do componente escamoso de um carcinoma adenoescamoso, antes de se afirmar que se trata de um tumor primário do duodeno.

Palavras-chave: Carcinoma escamoso. Duodeno. Neoplasias gástricas.

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Author Biographies

Bruna Gheller, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Graduanda do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Nelzi Ferreira de Junior Queiroz, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Graduando do Curso de Medicina da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC)

Osmar Damasceno Ribeiro, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Mestre em Patologia, Professor do Curso de Medicina da UNOESC e Médico Patologista do Laboratório Pasteur

References

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Published

2014-05-20

How to Cite

Gheller, B., Queiroz, N. F. de J., & Ribeiro, O. D. (2014). CARCINOMA ESCAMOSO EM DUODENO: RELATO DE CASO. Anais De Medicina, 1(1), 13. Retrieved from https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/4656