Atitudes de pais não vacinadores podem ser uma ameaça ao Brasil?

Authors

  • Eduardo Janir de Souza Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Vilma Beltrame Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Bruno Rodolfo Schlemper Junior
  • Luana Turra Universidade do Oeste de Santa Catarina

Abstract

Introdução: A vacinação possui elevada relevância epidemiológica, sendo um dos principais mecanismos contra as doenças preveníveis. A não vacinação tem promovido em países desenvolvidos um aumento na transmissão dessas doenças (LARSON et al., 2016). Conhecer tendências e atitudes de pais sobre vacinas permite avançar em conhecimento da realidade favorecendo a avaliação das políticas públicas de imunização com olhar preventivo sobre os aspectos de recusa. Objetivos: Identificar e difundir a perspectiva de recusa de vacinação de crianças em países desenvolvidos e estimular a realização de estudos no Brasil para conhecimento da realidade atual, visando atuar preventivamente na política pública de imunização infantil. Método: Revisão da bibliografia internacional, no período de abril a julho de 2016, de países em desenvolvimento e do Brasil, em bases de dados SCielo e Pubmed utilizando os descritores recusa às vacinas e hesitação em vacinas. Resultados: Ao todo foram encontrados 43 artigos com os termos pesquisados. Após analise dos resumos foram excluídos 21 artigos por não se adequarem à temática pesquisada e aos critérios de inclusão. Fizeram parte do estudo 22 artigos. Nos países desenvolvidos existe farta bibliografia mostrando que os movimentos antivacinação são antigos e crescem de forma preocupante, induzindo os pais a não vacinarem seus filhos (Larson et al., 2016). A política do atual governo estadunidense de apoiar a recusa à vacina (THE NEW YORK TIMES, 2017) provocou forte manifestação de confiança na segurança das vacinas por mais de 350 instituições (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2017). Identifica-se, assim, que nos países desenvolvidos, há muitos anos, essa temática tem sido objeto de inúmeras investigações e com resultados preocupantes. Já em países em desenvolvimento a propaganda antivacinação comprometeu a decisão dos pais (LARSON, 2017). No Brasil, surpreendentemente, apesar da ocorrência de doenças infecciosas relevantes e da excelência do programa nacional de imunização que reduziu expressivamente a morbimortalidade infantil, a produção científica sobre a adesão e confiança nas vacinas é rara e muito recente (BARBIERI; COUTO, 2015) São oportunos um artigo (BARBIERI; COUTO, 2017) e o Editorial de Cadernos de Saúde Pública de recente publicação (IRIART, 2017)  que ressaltam  a necessidade de ampliar os debates com a população. Conclusões: Sugere-se que pesquisadores das ciências da saúde e sociais desenvolvam estudos para conhecer a tendência atual das atitudes dos pais no enfrentamento dessa ameaça à saúde das crianças brasileiras, identificar suas razões socioculturais e contribuir para o debate e as políticas públicas pertinentes.

Palavras-chave: Vacinas. Recusa. Hesitação.

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References

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Published

2018-03-21

How to Cite

Souza, E. J. de, Beltrame, V., Schlemper Junior, B. R., & Turra, L. (2018). Atitudes de pais não vacinadores podem ser uma ameaça ao Brasil?. Anais De Medicina. Retrieved from https://periodicos.unoesc.edu.br/anaisdemedicina/article/view/15747

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Resumos